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Estado de Minas SAN SALVADOR

Denunciada impunidade no homicídio de quatro jornalistas holandeses em El Salvador


17/03/2021 18:48

O assassinato de quatro jornalistas holandeses emboscados pelo exército em 1982 durante a guerra civil em El Salvador completou 39 anos sem que os culpados tivessem sido punidos, denunciaram grupos humanitários nesta quarta-feira (17).

"Lamentamos que tenham passado 39 anos de impunidade", declarou o diretor da Fundación Comunicándonos, Óscar Pérez.

A execução dos holandeses é um "caso paradigmático de violação da liberdade de expressão", por isso o Estado salvadorenho é obrigado a "levar à justiça" os autores intelectuais e materiais, disse Pérez.

Em 17 de março de 1982, durante a guerra civil (1980-1992), os jornalistas holandeses Koos Jacobus Andries Koster, Jan Corenlius Kuiper Joop, Hans Lodewijk ter Laag e Johannes Jan Willemsen foram mortos após uma emboscada do exército na área rural do município de Santa Rita, Chalatenango.

"Meu irmão Hans tinha apenas 25 anos. Trinta e nove anos depois, os assassinos ainda estão foragidos", declarou Saskia ter Laag em uma gravação de vídeo.

A equipe de jornalistas chegou a El Salvador para produzir um documentário que refletia o contraste vivido por uma família da capital, San Salvador, e outra que vivia em uma cidade turbulenta.

O advogado da Associação Salvadorenha de Direitos Humanos (ASDEHU), Pedro Cruz, representante legal de duas das quatro vítimas, lamentou que desde o início o Ministério Público tenha duvidado de qual "legislação processual" aplicar ao caso.

O Ministério Público "saiu da letargia" e decidiu "não investigar" e transferiu o caso para a juíza da cidade de Dulce Nombre de María, Chalatenango, explicou Cruz.

A Comissão da Verdade, criada pela ONU para investigar as atrocidades da guerra civil, concluiu que "há evidências plenas" de que militares estiveram envolvidos no crime.

A morte dos jornalistas holandeses "foi consequência de uma emboscada previamente planejada pelo comandante da Quarta Brigada de Infantaria, coronel Mario Reyes Mena, com o conhecimento de outros oficiais", apurou a Comissão.


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