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Estado de Minas VACINAÇÃO

COVID-19: Reino Unido defende vacinação com a AstraZeneca

Vacina, que teve sua aplicação suspensa em vários países, foi desenvolvida por cientistas da Universidade de Oxford


17/03/2021 09:14 - atualizado 17/03/2021 10:04

(foto: AFP / JOEL SAGET)
(foto: AFP / JOEL SAGET)
O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, pediu nesta quarta-feira (17/03) que a vacina contra a COVID-19 desenvolvida pela continue sendo administrada, enquanto o príncipe Charles, herdeiro do trono, criticou os movimentos antivacinas em meio à pandemia do coronavírus.

Vários países, incluindo Espanha, França e Alemanha, suspenderam nos últimos dias o uso da vacina desenvolvida por cientistas da Universidade de Oxford e do laboratório sueco-britânico AstraZenaca como medida de "precaução" por possíveis efeitos colaterais, como a formação de coágulos sanguíneos.

"Não há evidências de que essas vacinas tenham causado coágulos sanguíneos", escreveu Hancock no jornal The Sun, enfatizando que esta não é apenas a sua opinião, mas também a do regulador britânico MHRA, da Organização Mundial da Saúde (OMS) e da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

"Mais de 11 milhões de doses da vacina AstraZeneca já foram administradas no Reino Unido e a taxa de casos notificados (de trombose) entre os vacinados é menor do que seria naturalmente esperado na população em geral", argumentou o ministro.

Algumas vozes no Reino Unido acusam os países que suspenderam seu uso de atuar por motivação política para desviar a atenção de suas campanhas de vacinação que avançam lentamente, em pleno conflito com o laboratório britânico, que anunciou que só poderá entregar no primeiro trimestre um terço das 120 milhões de doses inicialmente prometidas para a União Europeia.

O Reino Unido lançou sua campanha de vacinação em massa em 8 de dezembro com as vacinas e Desde então, cerca de 25 milhões de pessoas receberam a primeira dose, quase metade da população adulta.

O país está "no caminho certo para cumprir a meta" de ter administrado uma dose a todos os adultos até o final de julho, ressaltou Hancock.

"Esta semana, um aumento do fornecimento nos ajudará a acelerar ainda mais a imunização", acrescentou ele, em um momento em que outros países estão reclamando de atrasos nas entregas.

Risco de perder a confiança

O professor Jeremy Brown, especialista em medicina respiratória e membro do Comitê Conjunto de Vacinação e Imunização (JCVI) do governo britânico, afirmou nesta quarta-feira que a suspensão do uso da vacina por vários países "não é lógica".

"Não faz sentido para mim, porque sabemos que a vacina funciona (...) É uma vacina incrivelmente eficaz e, ao administrá-la, mortes são evitadas", declarou à BBC.

Brown também expressou, em declarações ao canal ITV, sua preocupação de que isso cause uma maior relutância em relação às vacinas.

"Tememos que, com o que está acontecendo na Europa, as pessoas no Reino Unido percam a confiança na vacina AstraZeneca", reconheceu.

Em um artigo na revista Future Healthcare Journal, publicada pelo Royal College of Physicians, que representa 39.000 médicos de todo o mundo, o príncipe Charles, herdeiro do trono britânico, atacou o movimento antivacinas.

"Quem poderia imaginar que no século XXI haveria um lobby significativo contra a vacinação, considerando seu histórico de erradicação de tantas doenças terríveis e seu potencial atual para proteger e libertar do coronavírus algumas das pessoas mais vulneráveis em nossa sociedade?", escreveu.

No artigo, Charles, de 72 anos, que por sua idade já recebeu a primeira dose contra a covid-19, defendeu uma abordagem integrada da saúde que combine ciência, políticas públicas e comportamento individual.


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