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Estado de Minas ROMA

Suspensão da vacina AstraZeneca cresce na Europa apesar de recomendação da OMS


15/03/2021 22:10 - atualizado 15/03/2021 22:15

Sete países europeus suspenderam nesta segunda-feira a aplicação da vacina AstraZeneca, ampliando a lista dos que tomam medidas nesse sentido por medo de efeitos colaterais (apesar do aval da OMS ao imunizante) e aplicando um golpe na campanha global de vacinação.

A terceira onda da pandemia obrigou a Itália a retomar o confinamento nesta segunda-feira e gerou novas medidas em países como Alemanha, França e Chile. Embora o número de novos infectados continue alto, Itália, França, Alemanha, Espanha, Portugal, Eslovênia e Letônia se uniram hoje à lista crescente de países que pararam de usar a vacina AstraZeneca, à espera da opinião da Agência Europeia de Medicamentos (EMA).

No Brasil, o governo espera acelerar a campanha de vacinação com a compra de 100 milhões de doses do imunizante Pfizer-BioNTech, que serão entregues até setembro, o que se soma à compra de 38 milhões de unidades da vacina Johnson & Johnson, o que eleva o total de encomendas a 562,9 milhões de doses até o fim do ano. As polêmicas, no entanto, continuam no governo de Jair Bolsonaro, que anunciou hoje uma nova troca do ministro da Saúde, o quarto durante a crise sanitária.

- Pausa em vacina -

Antes dos sete países europeus decidirem suspender a vacina AstraZeneca, outros já o haviam feito: Holanda e Irlanda marcaram a pausa ontem, por temerem a formação de coágulos sanguíneos, após relatórios da Noruega, embora não tenha sido provado que se trate de um efeito direto da vacina. O país nórdicou suspendeu o uso na semana passada, assim como Dinamarca, Islândia e Bulgária.

Mais de 373 milhões de doses de vacinas contra o novo coronavírus já foram administradas em todo o mundo. A da AstraZeneca, uma das mais baratas, é crucial para as nações mais pobres, uma vez que compõe a maior parte das doses entregues pelo programa Covax.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) insistiu nesta segunda-feira que essa vacina deve continuar a ser usada, e anunciou que seus especialistas se reunirão amanhã para analisar a situação do imunizante. "Não queremos que as pessoas entrem em pânico e, por enquanto, recomendamos que os países continuem a vacinar com a AstraZeneca", disse a cientista-chefe da instituição, Soumya Swaminathan.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmou que vai realizar uma "reunião extraordinária" nesta quinta-feira sobre essa vacina, mas garantiu que seus benefícios ainda superaram os riscos.

O diretor do grupo de vacinas da Universidade de Oxford, Andrew Pollard, garantiu que "há evidências muito tranquilizadoras de que não há aumento no fenômeno de trombos aqui no Reino Unido, onde a maioria das doses da Europa foram administradas até agora".

A Europa, o continente mais afetado pela pandemia, superou a marca de 40 milhões de casos, segundo um balanço da AFP às 14H45 de Brasília. Um total de 898.070 mortes tinham sido registradas nos 52 países e territórios da região. Até agora, os seis países mais afetados da Europa (Rússia, Reino Unido, França, Itália, Espanha e Turquia) registram mais de 20 milhões de contágios.

- Confinamento na Itália -

Embora as campanhas de vacinação avancem, a ameaça do vírus persiste. Na Itália, quase 40 milhões de pessoas iniciaram um novo confinamento nesta segunda devido ao aumento das infecções por variantes do coronavírus, com Roma e Milão desertas e divididas entre a tristeza e a esperança.

As medidas incluem o fechamento de escolas, restaurantes, estabelecimentos comerciais e museus em três quartos do país. Os italianos foram incentivados a permanecer em casa, exceto para trabalhar, procurar um médico, ou por motivos de causa maior.

Na Alemanha, onde o governo flexibilizou recentemente algumas restrições, a associação de médicos de unidades de terapia intensiva pediu o retorno "imediato" de medidas severas para enfrentar a terceira onda da pandemia

A França, que espera evitar outra quarentena nacional, tenta descongestionar as UTIs da região de Paris, saturadas com a alta de casos de covid-19, transferindo pacientes para outras regiões do país por via aérea a partir desta segunda-feira e com "uma operação mais maciça" de trem por volta do final da semana.

Portugal, que impôs um segundo confinamento geral em janeiro, após a explosão de casos durante o Natal, reabriu hoje creches, escolas, salões de beleza e livrarias, como parte de um plano de flexibilização gradual que prosseguirá até maio.

A pandemia de coronavírus já matou mais de 2,6 milhões de pessoas em todo mundo, e a maior parte da humanidade está submetida a restrições, de maior ou menor nível, contra a covid-19. Esse é o caso do Chile, que voltou a impor uma quarentena total a nove municípios de Santiago após serem reportados hoje, pelo quinto dia consecutivo, mais de 5 mil novos infectados, no momento em que o país se aproxima da marca de 5 milhões de vacinados.

- Produção da Sputnik V na Europa -

A Rússia, por sua vez, anunciou acordos de produção da vacina anticovid Sputnik V com empresas da Itália, Espanha, França e Alemanha, à espera de sua homologação na União Europeia (UE).

"Há outras conversas em curso para aumentar a produção na UE. Isso permitirá começar a abastecer o mercado único europeu com a Sputnik V, assim que a EMA aprovar", afirmou em comunicado o presidente do Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF), Kirill Dmitriev.

Os Estados Unidos também pisaram no acelerador e já administraram mais de 107 milhões de doses. O país, o mais afetado pela pandemia com mais de 534.000 mortos, aplicou mais de dois milhões de doses por dia na semana passada, de acordo com os Centros de Controle de Doenças (CDC). Até o momento, 21% dos americanos receberam ao menos uma dose da vacina.

ASTRAZENECA


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