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Estado de Minas NAÇÕES UNIDAS

Emissária da ONU denuncia '38 mortos' em protestos em Mianmar


03/03/2021 15:51 - atualizado 03/03/2021 15:55

O dia desta quarta-feira (3) foi "o mais sangrento" registrado em Mianmar desde o golpe de Estado de 1º de fevereiro, com "38 mortos", afirmou a emissária da ONU para este país, a suíça Christine Schraner Burgener, que pediu "medidas muito duras" contra o exército.

"Temos agora mais de 50 mortos desde o início do golpe de Estado e vários feridos", declarou em coletiva de imprensa virtual com jornalistas da ONU.

A emissária afirmou que mantém contato com todas as partes em Mianmar, incluindo os militares. Esses últimos indicaram que planejam eleições "em um ano", acrescentou.

Questionada sobre as condições impostas pelos militares para uma possível visita sua à Mianmar, que a ONU exige há um mês, Schraner respondeu que disseram a ela que seria bem-vinda, mas "não agora", porque precisam resolver alguns problemas antes.

Por outro lado, Schraner destacou que os Estados-membros da ONU e o Conselho de Segurança - que se reúne na sexta-feira a pedido da Grã-Bretanha - "têm que tomar medidas muito duras" contra o exército birmanês.

"Tive uma discussão com o exército e adverti que os Estados-membros e o Conselho de Segurança poderiam tomar medidas enormes e fortes. A resposta foi: 'Estamos acostumados com sanções e sobrevivemos a elas no passado", explicou.

"Cabe aos Estados-membros tomar as decisões certas", insistiu ela, argumentando que China e Rússia, principais aliados de Mianmar, não podem mais alegar que o golpe era um assunto interno.

As forças de segurança birmanesas continuaram disparando balas reais contra os manifestantes nesta quarta-feira, desafiando todas as condenações internacionais. A junta militar intensificou sua repressão desde o golpe que derrubou o governo civil de Aung San Suu Kyi em 1º de fevereiro.


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