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Estado de Minas BUENOS AIRES

Fernández adverte que negociação da Argentina com FMI descartará 'ajuste recessivo'


01/03/2021 18:21

O presidente argentino, Alberto Fernández, descartou nesta segunda-feira (1) que um novo acordo creditício com o FMI implique um "ajuste recessivo" para seu país, que já enfrenta uma forte contração econômica.

"A renegociação das condições do acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI) incorporará novas perspectivas macroeconômicas e um entendimento comum das necessidades específicas da economia local", disse Fernández na instalação, nesta segunda-feira, das sessões ordinárias do Congresso.

"Não há mais lugar para ajustes recessivos. O programa que se acordar com o Fundo será enviado ao Congresso para garantir a sustentabilidade e a transparência", acrescentou o presidente de centro esquerda.

A Argentina negocia com o FMI um novo acordo creditício que substitua o firmado em 2018 pelo então presidente Mauricio Macri por 57 bilhões de dólares.

Deste montante, a Argentina recebeu apenas 44 bilhões de dólares, pois Fernández, um duro crítico do acordo, renunciou às últimas parcelas do empréstimo ao assumir a Presidência, em dezembro de 2019.

O governo iniciará uma ação criminal para "determinar quem foram os autores e partícipes da maior administração fraudulenta e do maior desvio de recursos que nossa memória registra", acrescentou Fernández.

"Uma dívida contraída por um governo irresponsável, que obteve um crédito outorgado em seu favor por motivos absolutamente políticos, merece uma revisão e um tratamento adequado na hora de sua renegociação", enfatizou, sem dar maiores detalhes.

A Argentina busca acordar com o FMI um programa de facilidades estendidas em até dez anos com quatro de carência para reembolsar os 44 bilhões de dólares do crédito recebido em 2018 em meio a uma profunda crise monetária.

O acordo atual concentra os pagamentos entre este ano e 2024, com quantias de até 19 bilhões de dólares em um ano.

Desde 2018, a Argentina atravessa uma recessão, que no ano passado foi agravada pela pandemia do coronavírus, com uma contração recorde da economia de 10%.

Além disso, a inflação foi de 36,1% em 2020 e a pobreza supera os 40%.


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