Devido à iniciativa de vários ex-responsáveis israelenses, 442 deputados e senadores de cerca de vinte países da Europa assinaram uma carta, enviada na madrugada desta segunda-feira aos ministérios da Relações Exteriores dos países europeus.
"Os acontecimentos no terreno tendem claramente para uma realidade de anexação que avança rapidamente, principalmente com a expansão das colônias e das demolições das estruturas palestinas", disseram os parlamentares, de todas as partes do espectro político.
"Apesar da pandemia de coronavírus, o ano passado registrou o maior número de demolições de missões e estruturas palestinas em quatro anos", destacaram.
O Exército israelense ocupa desde 1967 a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, onde vivem cerca de 3,1 milhões de palestinos e mais de 675.000 israelenses em colônias consideradas ilegais pelo direito internacional.
A colonização israelense se acelerou nos últimos anos, encorajada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, devido à indulgência de seu aliado em Washington, Donald Trump.
No entanto, o novo presidente americano, Joe Biden, se mostrou crítico ao assunto e se comprometeu a redobrar esforços sobre a criação de um Estado palestino.
"O início da presidência Biden representa uma oportunidade indispenável para agir", estimaram os parlamentares europeus em sua carta.
JERUSALÉM