Segundo um correspondente da AFP, os manifestantes marcharam pela principal avenida de Tiflis, a capital, até chegar em frente ao Parlamento, erguendo bandeiras georgianas, americanas e europeias.
A manifestação foi liderada pelos dirigentes de todos os partidos da oposição.
A prisão, na terça-feira, de Nika Melia, chefe do Movimento Nacional Unido (MNU, principal força da oposição), reacendeu o confronto com o partido no poder, Sonho Georgiano.
O partido governante ganhou por uma pequena margem as legislativas de outubro, mas a oposição denunciou fraudes e pressões políticas, e desde então exige novas eleições.
"Estou na prisão, mas estou livre", afirmou Nika Melia em uma mensagem lida para a multidão nesta sexta. "Lutamos pela liberdade e triunfaremos neste combate", acrescentou.
"O movimento continuará até que o partido no poder liberte todos os presos políticos e anuncie eleições antecipadas", alertou Badri Japaridzé, líder do partido Lelo.
Nata Shavishvli, um manifestante de 46 anos, afirmou que o opositor é um "símbolo da aspiração dos georgianos de construir um país democrático e europeu".
Nika Melia é acusado de ter organizado atos "violentos em massa" durante as manifestações em 2019, o que ele nega.
Pouco antes de sua prisão - denunciada pelos aliados ocidentais da Geórgia -, o primeiro-ministro Guiorgui Gajaria renunciou, ilustrando as divergências que esta medida provocou no governo.
TIBLÍSSI