A informação do jornal de que a empresa vinha trabalhando no reforço das capas protetoras após registrar problemas similares em outros voos surge em meio a uma investigação da Junta Nacional para a Segurança no Transporte sobre o incidente.
O Boeing 777 que protagonizou o incidente acabava de decolar de Denver, no Colorado, com destino a Honolulu, no Havaí, com 231 passageiros e 10 tripulantes a bordo, quando seu motor direito pegou fogo, o que obrigou os pilotos a retornarem imediatamente ao aeroporto.
Ninguém ficou ferido e o avião conseguiu pousar, mas o episódio levantou dúvidas sobre a manutenção das aeronaves.
Na noite de terça-feira, a FAA ordenou a inspeção de todos os motores Pratt & Whitney similares ao que foi danificado.
Os investigadores atribuíram o incidente de Denver à lâmina de uma turbina que se desprendeu pouco depois da decolagem devido à fadiga do metal e que, aparentemente, atravessou a capa do motor.
Tanto a Boeing quanto a FAA evitaram falar dos esforços para modificar o 777. Essas mudanças geralmente exigem uma avaliação e testes importantes.
A Boeing está "em constante comunicação com nossos clientes e com a FAA, e se esforça para introduzir melhoras de segurança e desempenho em toda a frota", disse um porta-voz da fabricante.
"Continuaremos seguindo as orientações da FAA sobre o assunto e todos as questões relacionadas à segurança e ao cumprimento, e seguimos proporcionando atualizações a nossos clientes", acrescentou.
A FAA disse que focou nas inspeções das pás das turbinas em sua ordem mais recente sobre os motores Pratt & Whitney e em uma diretriz anterior após um incidente de 2018 com um 777.
"O redesign dos componentes da fuselagem e do motor é um processo complexo. Uma das prioridades máximas até agora tem sido reduzir o risco de que as lâminas da turbina falhem e possam danificar a capa", afirmou um porta-voz da FAA.
NOVA YORK