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Estado de Minas BRUXELAS

UE declara 'persona non grata' representante da Venezuela no bloco


25/02/2021 22:34 - atualizado 25/02/2021 22:37

O Conselho Europeu declarou nesta quinta-feira (25) "persona non grata" a representante da Venezuela, Claudia Salerno, na União Europeia, em resposta à decisão de Caracas de expulsar a embaixadora do bloco.

"Esta é uma resposta à decisão do governo venezuelano de declarar persona non grata a chefe da missão da UE na Venezuela", informou o Conselho em uma breve nota oficial.

De acordo com a nota, o bloco considerou a decisão venezuelana injustificada e "contrária ao objetivo da UE de desenvolver relações e construir vínculos em países terceiros".

O chefe da diplomacia europeia, o espanhol Josep Borrell, propôs a decisão de adotar medida equivalente contra a representante da Venezuela, informa a nota.

Na quarta-feira, o governo venezuelano declarou persona non grata a embaixadora da UE no país, Isabel Brilhante, e deu à diplomata 72 horas para deixar a Venezuela.

A UE, porém, não pode expulsar Salerno do território europeu, já que a decisão cabe exclusivamente ao país hóspede, explicou em julho de 2020 a diplomacia europeia após um embate político similar com Caracas.

Assim, a nota não faz qualquer menção à expulsão de Salerno nem se houve algum tipo de anúncio formal à representação diplomática antes da publicação do comunicado.

"Defendi a #Venezuela tratando a relação com a União Europeia com sobriedade e respeito. Mas a independência e a soberania de nossa pátria não são negociáveis", escreveu Salerno no Twitter. "Obrigado cara embaixadora pelo seu trabalho profissional", respondeu o chanceler venezuelano, Jorge Arreaza.

Além de ser a representante da Venezuela na UE, Salerno é também credenciada como embaixadora do país na Bélgica e em Luxemburgo.

A nova escalada de tensões entre Bruxelas e Caracas surgiu após os chanceleres europeus decidirem na segunda-feira adicionar 19 funcionários venezuelanos à lista de pessoas sancionadas por "minar a democracia".

Com a medida, o número de funcionários venezuelanos sancionados pela UE subiu para 55.

Diante desta nova rodada de sanções contra a Venezuela, o governo de Caracas reagiu solicitando a saída do chefe da missão da UE.

Na quarta-feira, uma porta-voz de Borrell havia pedido que a Venezuela revertesse a expulsão da embaixadora Brilhante.

A UE não reconhece os resultados das eleições legislativas realizadas na Venezuela em dezembro e, portanto, não conhece a legitimidade da Assembleia Nacional que surgiu dessas eleições, e que agora controla o partido no poder.

Em 2020, Borrell chegou a enviar emissários a Caracas para negociar o adiamento das eleições legislativas em alguns meses, para permitir que a UE enviasse uma missão de observação eleitoral.

No entanto, o esforço não rendeu frutos e as eleições ocorreram, com o boicote de parte significativa da oposição venezuelana.


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