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Estado de Minas PANDEMIA

Variante brasileira da COVID-19 é detectada em esgoto na Itália

Mutações típicas do coronavírus Sars-CoV-2 foram identificadas na região da Úmbria


25/02/2021 14:13 - atualizado 25/02/2021 14:36
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Águas de esgoto coletadas em Perúgia registraram focos da variante P.1, que teria surgido em Manaus
Águas de esgoto coletadas em Perúgia registraram focos da variante P.1, que teria surgido em Manaus (foto: TIZIANA FABI/AFP)
As variantes britânica e brasileira do coronavírus Sars-CoV-2 foram detectadas pela primeira vez em águas de esgoto na Itália, o que indica sua circulação em áreas urbanas no país.

O estudo foi realizado pelo Instituto Superior da Saúde (ISS), órgão técnico-científico do governo italiano, em colaboração com o Instituto Zooprofilático da Puglia e da Basilicata, instituição dessas duas regiões do sul do país.

Essa é a primeira pesquisa sobre a presença das variantes do Sars-CoV-2 em águas residuais na Itália e pode ser um instrumento útil para avaliar sua circulação nos centros urbanos do país.

Segundo o ISS, foram encontradas mutações típicas das variantes brasileira e britânica em águas de esgoto coletadas em Perúgia, capital da região da Úmbria, na Itália Central, entre 5 e 8 de fevereiro.

A cidade já registrou alguns focos de contágio pela chamada variante P.1, que teria surgido em Manaus (AM). Já a variante britânica corresponde a cerca de 20% dos novos casos do Sars-CoV-2 na Itália e, segundo o ISS, deve se tornar predominante em breve.

O instituto também identificou mutações típicas de uma variante espanhola em águas de esgoto coletadas em Guardiagrele, na região de Abruzzo, entre 21 e 26 de janeiro. O ISS desenvolveu um método rápido e simples que prevê a amplificação e o sequenciamento genético das amostras retiradas de águas residuais antes dos tratamentos de purificação.

"Nossos resultados confirmam o potencial da epidemiologia baseada em águas residuais, não apenas para o estudo de tendências epidêmicas, mas também para explorar a variabilidade genética do vírus", disse o diretor do Departamento de Qualidade da Água e Saúde do ISS, Luca Lucentini.

As variantes britânica e brasileira seriam mais transmissíveis que o Sars-CoV-2 original, porém não necessariamente mais letais. As vacinas já desenvolvidas também têm se mostrado eficientes contra a britânica, mas ainda não há dados disponíveis a respeito da brasileira. (ANSA)


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