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Estado de Minas SAN FRANCISCO

Facebook promete US$ 1 bi em investimentos em noticiário ao longo de 3 anos


24/02/2021 18:59 - atualizado 24/02/2021 19:02

O Facebook se comprometeu nesta quarta-feira (24) a investir pelo menos 1 bilhão de dólares para apoiar o jornalismo nos próximos três anos, enquanto o gigante da mídia social defendeu sua forma de lidar com uma disputa com a Austrália sobre pagamentos a organizações de mídia.

Nick Clegg, chefe de Assuntos Globais do Facebook, disse em um comunicado que a empresa está disposta a apoiar os meios de comunicação, mas reiterou suas preocupações com os pagamentos obrigatórios.

"O Facebook está mais do que disposto a fazer parceria com veículos da imprensa", afirmou Clegg depois que o Facebook restaurou os links de notícias como parte de um acordo com as autoridades australianas.

"Reconhecemos que o jornalismo de qualidade está no centro de como as sociedades abertas funcionam - informando e capacitando os cidadãos e responsabilizando os poderosos", acrescentou.

Clegg defendeu o gigante da mídia social dos Estados Unidos em uma postagem de blog intitulada "A Verdadeira História do Que Aconteceu Com as Notícias no Facebook na Austrália".

A plataforma de mídia social foi criticada depois que apagou as páginas dos meios de comunicação para usuários australianos e os impediu de compartilhar qualquer conteúdo de notícias, em vez de submeter-se à legislação proposta.

Clegg afirmou em seu post que no cerne da polêmica está um mal-entendido sobre a relação entre o Facebook e os meios de comunicação.

Os veículos de imprensa compartilham suas histórias na rede social ou as disponibilizam para que os usuários do Facebook as compartilhem com recursos como botões projetados para essa função em seus sites, explicou Clegg.

Com essa ferramenta, o Facebook gerou um valor estimado de 407 milhões de dólares australianos em "referências gratuitas" para meios de comunicação australianos no ano passado, de acordo com Clegg.

"As afirmações - repetidas amplamente nos últimos dias - de que o Facebook rouba ou toma o jornalismo original para seu próprio benefício sempre foram e continuam sendo falsas", continuou Clegg.

"Não aceitamos nem solicitamos o conteúdo pelo qual estávamos sendo coagidos a pagar um preço potencialmente exorbitante", afirmou.

- Erro por excesso -

Clegg garantiu que para cumprir a lei originalmente proposta na Austrália, "o Facebook teria sido forçado a pagar quantias potencialmente ilimitadas de dinheiro a conglomerados de mídia multinacionais sob um sistema arbitrário que deliberadamente descreve erroneamente a relação entre meios de comunicação e o Facebook".

O chefe de Assuntos globais do Facebook afirmou que, ao ocultar todas as notícias do país, "erramos por excesso de fiscalização" e reconheceu que "algum conteúdo foi bloqueado inadvertidamente" antes de ser restaurado.

Após duas décadas de regulamentação branda, gigantes da tecnologia como Google e Facebook estão sob crescente escrutínio dos governos.

Na Austrália, os reguladores se concentraram no domínio da publicidade online dos gigantes do Vale do Silício e seu impacto nos meios de comunicação em dificuldades.

De acordo com o órgão de fiscalização australiana, para cada 100 dólares gastos em publicidade online, o Google recebe 53, o Facebook fica com 28 e o restante é dividido entre outras empresas.

Para nivelar o campo de jogo, a Austrália quer que o Google e o Facebook paguem pelo uso de criadores de conteúdo jornalístico caro de produzir em suas buscas e feeds.

"É compreensível que alguns conglomerados de mídia vejam o Facebook como uma fonte potencial de dinheiro para compensar suas perdas, mas isso significa que eles deveriam poder exigir um cheque em branco?", perguntou Clegg retoricamente.

"É como forçar os fabricantes de automóveis a financiar estações de rádio porque as pessoas podem ouvi-las no carro - e deixar que as estações determinem o preço", comparou.

O inventor da World Wide Web, Tim Berners-Lee, alertou recentemente que a introdução do precedente de cobrança pela divulgação de links poderia abrir uma caixa de Pandora de reivindicações monetárias que quebrariam a internet.

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