Depois de uma manifestação pacífica com gritos de "Liberdade para Pablo Hasél", os manifestantes marcharam pelo centro de Barcelona até a sede da Polícia Nacional, onde pessoas atiraram garrafas e outros objetos contra os veículos das forças de segurança que protegiam o perímetro, segundo imagens de televisão.
Após advertências das forças de segurança de que revidariam, os manifestantes dirigiram-se a outras ruas da principal cidade catalã, onde incendiaram contêineres de lixo e os usaram como barricadas.
"Grupos de desordeiros montam barricadas com fogo (...) e atiram objetos nos vizinhos que recriminam sua atitude", escreveu a tropa de choque catalã, a Mossos d'Esquadra, no Twitter.
Três pessoas foram presas, informaram os policiais, elevando para 112 o número de manifestantes presos desde a última terça-feira na Catalunha.
Um terço dos presos em Barcelona são menores de idade, entre 13 e 17 anos, e dezenas deles têm ficha criminal, disse a comissária Joan Carles Moliner à televisão pública.
O protesto desta segunda-feira, em noite chuvosa, teve menor afluência e os confrontos foram mais leves do que nas noites anteriores, quando ocorreram fortes altercações entre polícia e manifestantes.
Os protestos começaram no dia 16 de fevereiro, após a prisão de Pablo Hasél, condenado a nove meses de prisão por glorificar o terrorismo com mensagens no Twitter,nas quais elogiava as pessoas envolvidas nos ataques e acusava a polícia de matar e torturar migrantes e manifestantes.
A prisão do rapper alimentou o debate sobre a liberdade de expressão na Espanha.
BARCELONA