Com gritos de "Liberdade Pablo Hasél", várias centenas de pessoas se reuniram em frente à estação ferroviária de Sants, fortemente vigiada pela tropa de choque da polícia da Catalunha, a Mossos d'Esquadra, mostraram imagens da AFPTV.
Depois, os manifestantes marcharam em direção ao centro da capital catalã.
Ali, em frente ao quartel-general da Polícia Nacional na Via Laietana, um grupo com os rostos cobertos atirou garrafas, bombinhas e outros objetos contra os agentes que vigiavam o prédio.
A certa altura, a polícia avançou e forçou os manifestantes a se afastarem da sede, conforme mostrou a AFPTV.
Em outras partes do centro de Barcelona, como nas Ramblas, alguns grupos montaram barricadas com materiais urbanos e continuaram atirando objetos contra a polícia.
Pelo menos oito pessoas foram presas, cinco das quais quebraram a vitrine de uma loja de roupas e tentaram roubá-la, segundo a Mossos d'Esquadra. Nove policiais ficaram feridos.
As altercações não foram, porém, tão graves quanto as que ocorreram em todas as noites desde que o rapper foi preso na terça-feira, com protestos mais cheios e tomados por eventos violentos.
Desde terça, as ruas da segunda maior cidade da Espanha se tornaram palco de grandes confrontos entre manifestantes e policiais, com barricadas, incêndios, vandalismo e saques.
Cem pessoas foram detidas pela polícia em Barcelona e outras cidades catalãs, de acordo com as autoridades.
As manifestações a favor de Hasél também se estenderam nos últimos dias a outros locais, como Madri.
Hasél, de 32 anos e com antecedentes criminais, foi condenado a nove meses de prisão por tweets em que insultava a monarquia e a polícia e elogiava pessoas envolvidas em crimes de terrorismo.
A prisão do rapper reacendeu o debate sobre a liberdade de expressão na Espanha e aprofundou as diferenças dentro da coalizão governamental, entre os socialistas, do presidente Pedro Sánchez, e o partido Podemos (esquerda radical), que tem defendido os protestos.
BARCELONA