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Estado de Minas WASHINGTON

Biden pede que aliados respondam às 'atividades desestabilizadoras' do Irã


19/02/2021 22:54

O presidente americano, Joe Biden, convocou nesta sexta-feira (19) a seus aliados a trabalharem com os Estados Unidos para responder às "atividades desestabilizadoras" do Irã no Oriente Médio, um dia depois de Washington aceitar participar de conversas com Teerã e as potências europeias para reativar o acordo nuclear com a República Islâmica.

Horas antes, o Irã voltou a pedir aos Estados Unidos a suspensão de todas as sanções impostas pelo ex-presidente Donald Trump.

O momento atual é especialmente delicado. Em virtude de uma lei aprovada pelo Parlamento iraniano, o governo planeja restringir a partir de 23 de fevereiro o acesso dos inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) a algumas instalações se os Estados Unidos não suspenderem suas sanções.

No sábado está prevista uma visita a Teerã do diretor da AIEA, Rafael Grossi.

As inspeções fazem parte do acordo assinado em 2015 pelo Irã e o chamado grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Alemanha, Reino Unido, Rússia e China) para limitar o alcance do programa nuclear iraniano.

Desde que o governo Trump decidiu abandonar este pacto em 2018 e restabelecer sanções econômicas contra o Irã, Teerã vem deixando de cumprir os compromissos que tinha assumido em 2015.

- "Ameaça" nuclear -

Em seu primeiro grande discurso sobre política externa desde que assumiu a Presidência em 20 de janeiro, Biden abordou nesta sexta-feira o programa nuclear iraniano.

"A ameaça de proliferação nuclear requer ainda uma diplomacia prudente e cooperação entre nós", disse Biden a seus aliados europeus durante a Conferência de Munique sobre segurança, realizada virtualmente.

"Por isso, declaramos que estamos dispostos a retomar as negociações do grupo 5+1 sobre o programa nuclear", disse.

"Também devemos responder às atividades desestabilizadoras do Irã no Oriente Médio, e vamos trabalhar em estreita colaboração com nossos parceiros europeus e os demais", afirmou na Casa Branca.

Washington e Teerã não têm relações diplomáticas desde 1980.

Durante o mandato de Trump, os Estados Unidos levaram adiante uma política de pressão sobre o Irã, ao qual seu governo acusava de apoiar o "terrorismo" e querer desenvolver a arma atômica.

A República Islâmica sempre negou que tivesse intenção de possuir armas nucleares. O acordo internacional de 2015 previa a suspensão das sanções em troca de que o Irã renunciasse à bomba atômica.

- "Sem condições prévias" -

Na quinta-feira, após uma reunião virtual entre os ministros das Relações Exteriores de França, Alemanha, Reino Unido e Estados Unidos, o governo Biden se disse disposto a aceitar um convite da União Europeia para participar de diálogos com o Irã.

E em um gesto de boa vontade, afirmou que o anúncio de novas sanções internacionais contra o Irã, realizado por Trump em setembro, perderia consistência.

Teerã "anulará imediatamente" suas medidas de represália se os Estados Unidos "levantarem sem condições prévias todas as sanções impostas, reimpostas ou rebatizadas por Trump", tuitou o ministro iraniano das Relações Exteriores, Mohammad Javad Zarif.

O chefe da diplomacia americana, Antony Blinken, insistiu nesta sexta-feira em que não haverá "concessões prévias" às conversas com o Irã.

"Nossa influência se reforçou agora que voltamos a estar em sintomia com nossos parceiros europeus", disse em entrevista para a BBC World News.


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