O presidente interino Francisco Sagasti juramentou o novo chanceler no dia seguinte da renúncia de Elizabeth Astete, abalada pela tempestade política das vacinações reservadas às autoridades antes da imunização da população, que também envolve o ex-presidente Martín Vizcarra (2018-2020).
"Nestes momentos críticos, ter a participação de Allan Wagner no governo de emergência e transição é extremamente importante e reconfortante", disse Sagasti pouco depois, ao receber dois aviões de transporte adquiridos da Espanha em uma base aérea.
"Nomeamos não apenas um ilustre peruano, mas um ferrenho defensor da integridade e da ética no serviço público", acrescentou.
Diplomata de carreira de 79 anos, Wagner foi chanceler em 1985-1988 no primeiro mandato do falecido presidente Alan Garcia e depois em 2002-2003 no governo de Alejandro Toledo.
Também foi ministro da Defesa em 2006-2007, no segundo mandato de Garcia, e agente peruano na ação contra o Chile por limites marítimos perante a Corte Internacional de Justiça de Haia, que decidiu a favor de Lima em janeiro de 2014.
Wagner trabalha nas Relações Exteriores do Peru desde 1963 e foi embaixador nos Estados Unidos e na Holanda. Ele também atuou em 2004-2006 como Secretário-Geral da Comunidade Andina de Nações.
Wagner é o sexto ministro das Relações Exteriores do Peru no último ano, incluindo Franca Daza, que durou apenas cinco dias em novembro durante o também breve governo de Manuel Merino.
O Peru desempenhou um papel diplomático ativo de 2017 a 2019 ao promover e liderar o Grupo Lima, formado por quinze nações, na busca de uma solução pacífica para a crise na Venezuela.
LIMA