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Estado de Minas COPENHAGA

OMS alerta que Europa continua 'vulnerável' à covid-19


11/02/2021 12:49 - atualizado 11/02/2021 12:55

A maioria dos países europeus ainda é "vulnerável" à covid-19, mesmo que seus números tenham melhorado, afirmou a Organização Mundial da Saúde (OMS) nesta quinta-feira (11), alertando sobre os riscos desse "falso sentimento de segurança" devido ao número ainda pequeno de vacinados.

"Uma maioria esmagadora de países europeus continua sendo vulnerável", disse Hans Kluge, diretor da divisão Europa da OMS, em coletiva de imprensa.

"Se não interrompermos a transmissão (do vírus) agora, os benefícios esperados das vacinas no combate a esta pandemia podem não ser tantos", insistiu o responsável. "Atualmente, há uma fronteira frágil entre a esperança das vacinas e o falso sentimento de segurança", acrescentou.

No total, nos 53 países que compõem a região Europa da OMS, alguns deles na Ásia central, o número de casos semanais registrados supera o milhão, mas os números de contágios estão diminuindo há quatro semanas e as mortes por covid-19 também, destacou a OMS.

Com 790.287 mortos dos 2,3 milhões registrados no mundo, a Europa é a região mais enlutada do planeta, seguida pela América Latina e Caribe (628.443 mortes) e Estados Unidos e Canadá (492.579), segundo um balanço da AFP nesta quinta-feira.

Desde o início da epidemia, mais de 107 milhões de pessoas contraíram a doença no mundo. E pelo menos 66,5 milhões se recuperaram.

- Benefício duplo para AstraZeneca -

Enquanto lançam campanhas de vacinação em massa, os países europeus não baixam a guarda. A Irlanda prorrogará muito provavelmente até abril seu terceiro confinamento, anunciou seu primeiro-ministro, Micheal Martin.

A chanceler alemã Angela Merel prolongou ontem até 7 de março a maioria das restrições, enquanto a Grécia também planeja endurecer seu confinamento.

Na América Latina, o Peru decidiu ampliar até 28 de fevereiro sua quarentena obrigatória em Lima e nove regiões porque "a situação de risco extremo continua", segundo o governo.

Em paralelo, a União Europeia (UE) defendeu acelerar a produção de vacinas no bloco, após reconhecer que foram "muito otimistas" sobre as entregas acordadas com os laboratórios.

E a AstraZeneca, cuja vacina foi colocada à prova na Europa e em outras áreas do mundo, vai se associar com a alemã IDT Biologika para produzir mais doses para a Europa no segundo trimestre.

Um dia depois de a OMS recomendar o uso da vacina "em pessoas de 65 anos ou mais", a AstraZeneca registrou outra boa notícia nesta quinta-feira: seu lucro líquido em 2020 foi mais que o dobro do ano anterior e ficou em 3,2 bilhões de dólares.

- Diplomacia das vacinas -

Embora a OMS defenda o uso da vacina da AstraZeneca nos países onde circulam as variantes do vírus mais contagiosas (britânica, brasileira e sul-africana), a África do Sul disse estar disposta a revender ou resgatar um milhão de doses já recebidas e agora está inclinada a comprar a vacina da Johnson&Johnson.;

As vacinas se tornaram uma ferramenta de diplomacia. A Ucrânica proibiu a aprovação dos imunizantes desenvolvidos pelo "agressor russo", referindo-se à Sputnik V, aprovada em Nicarágua, Argentina, México, Venezuela, Belarus e outros países.

O México autorizou na quarta-feira o uso emergencial das vacinas chinesas CanSino Biologics e CoronaVac contra a covid-19, depois do produto russo, do da Pfizer e da AstraZeneca.

No Japão, anfitrião dos Jogos Olímpicos em 2021, a campanha de vacinação começará na próxima semana, apesar da escassez de seringas.

A desigualdade na vacinação em todo o mundo é clara. Das 155,7 milhões de vacinas injetadas, 59% foram administradas em países ricos, nos quais vive apenas 16% da população mundial.

- "Cauteloso otimismo" econômico -

Além das mortes, a covid-19 continua causando estragos econômicos no mundo mais de um ano depois de sua detecção pela primeira vez na China. Os países multiplicam suas medidas para recuperar suas economias.

A Comissão Europeia reduziu para 3,8% sua previsão de crescimento econômico para 2021 nos 19 países do euro, mas expressou um "cauteloso otimismo" em uma recuperação mais rápida que o esperado no segundo semestre.

Para amenizar o golpe da crise, a Eurocâmara deu sua aprovação na quarta-feira ao desbloqueio de 672,5 bilhões de euros (cerca de 816 bilhões de dólares) do fundo de recuperação, mas que ainda levarão vários meses para serem liberados.

Nos Estados Unidos, também continua o debate sobre o gigantesco plano de emergência de 1,9 trilhão de dólares proposto pelo novo presidente Joe Biden, para ajudar as PMEs e as famílias mais vulneráveis.


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