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Estado de Minas WUHAN

OMS recomenda vacina da AstraZeneca para maiores de 65 anos

Vacina enfrentou críticas nas últimas semanas, pois sua eficácia não foi considerada conclusiva para pessoas com mais de 65 anos


10/02/2021 18:28 - atualizado 10/02/2021 19:04

Apesar das críticas, OMS recomenda vacina AstraZeneca(foto: AstraZeneca/Divulgação)
Apesar das críticas, OMS recomenda vacina AstraZeneca (foto: AstraZeneca/Divulgação)
 

A Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou nesta quarta-feira (10) que a vacina contra o coronavírus da AstraZeneca pode ser aplicada em pessoas com mais de 65 anos de idade e usada em países onde as variantes da COVID-19 circulam, apesar do questionamento de sua eficácia em ambos os casos. 

 

 

"Levando em consideração todas as evidências disponíveis, a OMS recomenda o uso da vacina em pessoas com 65 anos de idade ou mais", declarou o Grupo de Especialistas em Assessoramento Estratégico sobre Imunização (SAGE).

A vacina, desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca e pela Universidade de Oxford, enfrentou críticas nas últimas semanas, pois sua eficácia não foi considerada conclusiva para pessoas com mais de 65 anos e em países onde circulam variantes.

A título de exemplo, a África do Sul, onde apareceu uma variante da covid-19, disse estar disposta a vender ou trocar um milhão de doses dessa vacina, privilegiando a da Johnson&Johnson.

Mas o imunizante da AstraZeneca, que o Reino Unido administra desde dezembro e foi aprovado em outros países, representa uma esperança contra a epidemia para dezenas de nações desfavorecidas por meio da aliança Covax, promovida pela OMS.

Dada a crescente preocupação com as variantes, muito mais contagiosas, a União Europeia (UE) informou nesta quarta-feira que quer aumentar sua produção de vacinas e reconheceu que está "muito otimista" com as entregas acordadas com os laboratórios.

"Estávamos muito otimistas no que diz respeito à produção massiva. E talvez estivéssemos muito certos de que o que pedimos seria entregue no prazo", reconheceu a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Logo depois, a AstraZeneca anunciou uma parceria com a alemã IDT Biologika para poder produzir mais vacinas para a Europa a partir do segundo trimestre.

E o laboratório alemão BioNTech anunciou o início da produção de sua vacina desenvolvida com a americana Pfizer em uma nova fábrica em Marburg (Alemanha) para conseguir aumentar a entrega de doses.

Um dia depois da UE ultrapassar os 500.000 mortos pela covid-19, os eurodeputados aprovaram um grande plano de recuperação nesta quarta-feira com o objetivo de superar a devastação econômica pelo coronavírus.

- "Dados e ciência" -

A pandemia causou ao menos 2,3 milhões de mortes e gerou mais de 160,8 milhões de casos desde que o escritório da OMS na China relatou o surgimento da doença em dezembro de 2019, de acordo com o balanço feito pela AFP às 11h00 GMT desta quarta-feira.

Situados em Wuhan (região central da China) mais de um ano depois, os especialistas da OMS não conseguiram esclarecer a origem da doença, deixando várias questões em aberto, como qual animal poderia transmitir o vírus para humanos ou se ele foi importado em carne congelada, como defende Pequim.

No último dia de estadia em Wuhan, um especialista da delegação questionou a confiabilidade dos dados da inteligência dos EUA sobre a pandemia.

Eles estão "errados em muitos aspectos", tuitou Peter Daszak.

Horas depois, a diplomacia dos Estados Unidos alertou contra conclusões que "possam estar motivadas por qualquer coisa que não a ciência"e garantiu que as suas serão baseadas em "dados e na ciência".

Um porta-voz da chanceler chinesa Wang Wenbin, afirmou nesta quarta-feira que Pequim irá cooperar com a OMS de forma "aberta e transparente", e pediu a Washington para que fizesse o mesmo, sugerindo uma missão de especialistas nos Estados Unidos.

As esperanças para se virar a página da pandemia continuam na eficácia das campanhas massivas de vacinação - o Japão começará na próxima semana - e no aumento das restrições que os países estão tomando por causa das variantes britânica, sul-africana e brasileira.

A Alemanha decidiu estendê-las até 7 de março devido à "incerteza" sobre as variantes.

E Austrália e Nova Zelândia estudam a possibilidade de fortalecer sua política de quarentena de 14 dias para viajantes que chegam do exterior, já que não evita a contaminação.

- "Somos a entrada número um" -

Essas restrições provocam uma hecatombe econômica traduzida em números e outros efeitos mais difíceis de medir, como problemas sociais e psicológicos.

A pandemia fará com que a participação da força de trabalho feminina na América Latina retroceda uma década, com efeitos econômicos e sociais que afetarão significativamente a autonomia das mulheres, alertou a Cepal.

E se olharmos um mapa do mundo e marcar os países que já começaram a vacinar, a desigualdade é nítida. A partir disso, 59% das 151 milhões de vacinas injetadas foram administradas em países ricos, onde vive apenas 16% da população do planeta.

No Reino Unido, nesta quarta-feira foi a vez do herdeiro da coroa britânica, o príncipe Charles, e sua esposa Camila, de 72 e 73 anos respectivamente, se vacinarem.

Na América Latina, onde as mortes pela covid-19 superam as 620.000, o Peru, um dos países mais atingidos, autorizou o duplo emprego remunerado dos médicos no setor público para reforçar a luta contra a pandemia.

No México, o segundo país mais enlutado da região depois do Brasil, os médicos de família representam a frágil esperança de escapar da covid-19.

"Somos a entrada número um" de pacientes e fundamentais "para que o setor de saúde não fique saturado", afirmou Érika Reyes, de 30 anos, em seu consultório em um bairro de Tultitlán.

No Brasil, com mais de 233 mil mortes, dezenas de empresas e ONGs lançaram nesta terça-feira uma iniciativa chamada "Unidos pela Vacina" para ajudar as autoridades brasileiras a acelerar a campanha de vacinação e tentar imunizar toda a população "antes do final de setembro".

"Setembro é uma meta ousada, mas unidos conseguiremos salvar vidas e resgatar a economia", afirmaram os organizadores da iniciativa.


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