Jornal Estado de Minas

NOVA YORK

NYSE alerta que pode deixar Nova York se as negociações forem tributadas

A Bolsa de Valores de Nova York (NYSE) está prestes a deixar a cidade de Nova York?

Essa possibilidade foi levantada nesta terça-feira (9) pelo presidente da Bolsa, Stacey Cunningham, que alertou em uma coluna publicada no The Wall Street Journal que a sagrada instituição financeira de Wall Street, em Nova York, poderia fugir se o estado cobrar imposto sobre as negociações de ações.



"Embora Nova York permaneça um centro de gravidade para o setor financeiro, muitos funcionários de empresas de 'Wall Street' estão migrando para a Flórida, Texas e outros estados com políticas fiscais hospitaleiras", disse Cunningham.

Ela elogiou a decisão do estado de Nova York em 1981 de interromper a cobrança de um imposto sobre as negociações em bolsa, mas advertiu: "Se os legisladores optarem por restabelecer esse imposto, a NYSE pode precisar seguir o exemplo dessas firmas de realocação. Alguns de nossos clientes já estão perguntando sobre nossa disposição de nos mudarmos".

Legisladores do estado de Nova York sinalizaram um interesse em aprovar um imposto sobre as vendas de ações para lidar com um déficit orçamentário terrível relacionado à pandemia do novo coronavírus.

No entanto, funcionários da administração do governador de Nova York, Andrew Cuomo, sugeriram que são contrários à medida.

Na semana passada, Cunningham foi um dos signatários de uma carta de cerca de 25 líderes do setor de valores mobiliários criticando os impostos sobre as negociações acionárias.

Em seu artigo de opinião, Cunningham apontou exemplos na história recente de como os impostos sobre o comércio de ações impostos pela França e pela Suécia levaram os negócios a Londres.

"A indústria de valores mobiliários deve permanecer na 'Big Apple', a quem pertence", escreveu Cunningham.

"Mas se Nova York deve continuar a ser a capital financeira do mundo, ela precisa evitar a loucura desse imposto e mostrar que realmente entende como funcionam as forças do mercado", acrescentou.



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