Jornal Estado de Minas

BUENOS AIRES

Quatrocentos policiais argentinos são suspensos após protesto por salário

Cerca de 400 policiais argentinos que há cinco meses realizaram um levante para exigir melhores salários foram suspensos nesta terça-feira (9) e estão à beira do desemprego, informaram autoridades da área de Segurança.



Durante o protesto, os uniformizados armados cercaram com seus veículos a residência oficial de Olivos (norte de Buenos Aires), embora o presidente Alberto Fernández não estivesse presente na ocasião.

"Eles não cumpriram sua missão policial. Eles não cumpriram a lei", disse o ministro da Segurança da província de Buenos Aires, Sergio Berni, à rádio Mitre.

A sanção os dispensa do serviço e determina a entrega de suas armas regulamentares.

No total, a Corregedoria investiga cerca de 1.800 policiais envolvidos. As autoridades não descartam a ampliação da lista de punidos.

Apesar de o governo ter declarado ilegal essa medida de força, foi ordenada uma melhoria nos rendimentos dos policiais, apoiados ativamente por ex-integrantes da força exonerados por crimes ou infrações disciplinares.

Ao se concentrar em frente a Olivos e em outros bairros de segurança, a polícia violou as normas sanitárias em vigor contra a covid-19, que registra quase dois milhões de casos e mais de 49.000 mortes em um país de 45 milhões de habitantes.

Os relatórios internos foram elaborados por "contravenções muito graves", após cinco meses de investigação.

A força policial de Buenos Aires é a maior da Argentina, com quase 90.000 soldados e tem má reputação por casos de 'gatilho fácil', entre outros crimes.

Enquanto durar a suspensão, eles receberão apenas 50% do salário e podem ser demitidos.

audima