A iniciativa também aumentaria os salários de outros 27 milhões de trabalhadores, de acordo com um relatório do Gabinete de Orçamento do Congresso (CBO), que mostrou que o aumento geral na receita excederá o que é perdido com cortes projetados de empregos.
O relatório é um quadro misto dos benefícios do plano de aumentar gradualmente o piso salarial para 15 dólares por hora até 2025, dos atuais 7,25 dólares.
Biden defende esses aumentos como parte de seu plano econômico, argumentando que os benefícios superarão os custos.
O salário mínimo por hora foi aumentado pela última vez em 2009, embora alguns estados tenham aumentado por conta própria.
Os defensores do plano Biden dizem que é um fator-chave no combate à desigualdade; especialmente em comunidades não brancas que sofrem mais com os danos da pandemia da covid-19.
No entanto, há vozes que argumentam que os aumentos prejudicarão as pequenas empresas.
Biden admitiu à emissora CBS na semana passada que o salário mínimo de 15 dólares provavelmente não seria incluído no pacote de apoio financeiro de 1,9 trilhão de dólares, mas disse que está comprometido com a meta.
O relatório prevê que salários mais altos farão com que os empregadores repassem os custos para os consumidores; o que, por sua vez, levaria à redução do consumo e à perda de empregos. Também alerta que muitas empresas poderiam se voltar para a automação de seus serviços.
No entanto, sugere-se que aumentar os salários das famílias de baixa renda pode aumentar o consumo dos trabalhadores com salários mais baixos, o que poderia "reduzir a queda do emprego por vários anos" até que os efeitos desses salários mais altos sejam sentidos.
O estudo estima que a remuneração líquida aumentará para 333 bilhões de dólares até 2031, com um aumento de 509 bilhões nos salários. Essa quantia é maior do que os 175 bilhões que serão perdidos com cortes de empregos.
O assunto gerou amplo debate entre os economistas e há pouco consenso sobre o impacto que o aumento do salário mínimo terá.
O centro de estudos progressista Economic Policy Institute afirmou nesta segunda-feira que o relatório da CBO está "equivocado" e que outras análises mostraram que não haverá efeitos negativos.