Jornal Estado de Minas

SAN FRANCISCO

Facebook intensifica esforços para conter informações falsas sobre vacinas

O Facebook informou nesta segunda-feira (8) que intensificou seus esforços para conter a disseminação de informações falsas ou enganosas sobre as vacinas contra a covid-19 e divulgar fatos comprovados.



Para isso, começou a banir grupos que publicam sistematicamente informações incorretas e desacreditam afirmações verdadeiras sobre o vírus e as vacinas.

Há meses, a rede social líder tem tornado as recomendações de saúde de agências confiáveis mais visíveis e eliminado a desinformação sobre a covid-19.

Agora, com a colaboração da Organização Mundial da Saúde, ampliou uma lista de alegações sobre as vacinas que foram refutadas por cientistas e que não são bem-vindas em sua plataforma.

Esta lista inclui argumentos como o de que a covid-19 foi criada por humanos e de que seria mais seguro pegar o vírus do que tomar a vacina. Também há falsas alegações de que as vacinas são tóxicas ou causam autismo.

Os críticos do modo como o gigante das mídias sociais está lidando com a desinformação estão céticos em relação ao novo anúncio.

"O Facebook tem prometido medidas enérgicas contra a desinformação sobre a covid e os antivacinas desde o ano passado", disse no Twitter a Center for Countering Digital Hate, uma organização sem fins lucrativos de combate às manifestações de ódio digitais.



"Repetidamente ele falha em transformar esses anúncios em ação."

Grupos e contas que compartilham informações incorretas sobre o coronavírus ou tópicos relacionados serão removidos indefinidamente, alertou o Facebook.

Informações desacreditadas sobre vacinas ou a pandemia já são proibidas em anúncios na rede social.

Solicita-se aos administradores dos grupos que, antes de compartilharem publicações de membros propensos a espalhar notícias falsas, exijam que as informações sejam creditadas.

No Instagram, de propriedade do Facebook, será mais difícil encontrar contas de pessoas que desencorajam a vacinação contra a covid-19 usando ferramentas de busca automatizadas, de acordo com a rede social.

O Facebook também anunciou que recebeu mais de 50 milhões de respostas a uma pesquisa sobre covid-19 que lançou no ano passado em colaboração com duas universidades americanas.

A consulta teve como objetivo coletar informações sobre os sintomas da doença, o uso de máscaras e o acesso aos cuidados de saúde.

"O programa de pesquisa é um dos maiores já realizados e tem ajudado pesquisadores de saúde a monitorar e prever melhor a disseminação da covid-19", disse o Facebook.

"Os dados da pesquisa fornecerão uma melhor compreensão das tendências na aceitação da vacina em termos sociodemográficos, raciais, geográficos e muito mais", acrescentou.

Os resultados da pesquisa sobre os comportamentos em relação às vacinas serão compartilhadas globalmente, disse a rede social.



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