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Estado de Minas PORTO PRÍNCIPE

Organizações civis do Haiti acusam ONU de apoiar presidente impopular


05/02/2021 18:11

Organizações civis acusaram nesta sexta-feira (5) a missão das Nações Unidas no Haiti de defender o impopular presidente Jovenel Moise, apoiando sua tentativa de adiar as eleições, embora seu mandato termine no domingo.

A votação para eleger deputados, senadores, prefeitos e autoridades locais deveria ter sido realizada em 2018, mas as eleições foram atrasadas.

Em uma carta à missão da ONU no Haiti, cerca de uma dúzia de grupos de direitos humanos e de defesa das mulheres a culpou por fornecer apoio técnico e logístico aos planos do presidente de realizar um referendo de reforma constitucional em abril e deixar as eleições presidenciais e legislativas mais para o final do ano.

"As Nações Unidas não devem, em hipótese alguma, apoiar o presidente Jovenel Moise em seus planos antidemocráticos", afirma a carta.

Esses grupos dizem que, de acordo com sua leitura da constituição do país caribenho, o mandato do presidente termina no domingo. Moise e seus apoiadores alegam que ele tem mais um ano no poder.

O conselho eleitoral que fixou as datas de todas essas votações foi indicado unilateralmente pelo presidente. Seus membros não foram empossados por um tribunal, conforme determina a lei.

A criminalidade - e se vai isso impedir uma eleição adequada - é outro grande preocupação na cabeça das pessoas.

Nos últimos meses, o Haiti tem visto um ressurgimento de sequestros por resgate, que visam indiscriminadamente tanto os ricos quanto a maioria que vive abaixo da linha da pobreza.

Os sequestros e o domínio de gangues armadas em várias áreas da capital Porto Príncipe e nas províncias são ameaças à segurança das eleições.

A missão política da ONU no país, chamada de Escritório Integrado das Nações Unidas no Haiti, está em operação desde outubro de 2019.

A ONU diz que sua missão é assessorar o governo na promoção e fortalecimento da estabilidade política, da boa governança e do Estado de Direito.

A carta divulgada nesta sexta, porém, foi contundente em suas críticas à missão. "As violações dos direitos humanos estão se intensificando. O país foi invadido por bandidos sob a supervisão das Nações Unidas, cuja missão é promover os direitos humanos e o Estado de Direito e consolidar as instituições", argumenta.


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