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Estado de Minas WASHINGTON

Biden promete 'agir rápido' para aprovar pacote de estímulo após a escassa criação de empregos


05/02/2021 19:33 - atualizado 05/02/2021 19:37

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu nesta sexta-feira (5) "agir rápido" para que o Congresso aprove um plano de estímulo à economia de 1,9 trilhão de dólares, após estatísticas mensais apontarem uma criação escassa de empregos.

No primeiro mês do ano, o índice de desemprego caiu 0,4 pontos percentuais até 6,3%, mas a economia somou 49.000 empregos, levemente abaixo do esperado por analistas, segundo as estatísticas mensais.

Os números foram divulgados no momento em que o Senado aprovou uma resolução orçamentária liderada pelos democratas que abre caminho para o plano de alívio econômico abrangente do governo com maioria simples, evitando um bloqueio republicano.

"Vou agir rápido e gostaria de fazer isso com o apoio dos republicanos", afirmou Biden na Casa Branca. "Podemos reduzir o sofrimento neste país", prometeu.

A base do plano é garantir a distribuição de vacinas e a entrega de cheques de ajuda por cerca de 1.400 dólares para as pessoas, com o objetivo de alimentar o consumo, que move a economia.

"Vejo muito sofrimento neste país, muita gente sem trabalho, muita gente que tem fome", afirmou Biden.

O presidente democrata destacou em uma breve mensagem antes de seu discurso que o setor privado criou somente 6.000 empregos no primeiro mês do ano.

"Neste ritmo, vamos levar dez anos para chegar ao pleno emprego", estimou o presidente americano antes de se reunir com os líderes democratas da Câmara de Representantes.

Saindo da reunião, a líder da Câmara, Nancy Pelosi, disse que espera enviar uma proposta ao Senado em duas semanas.

O coronavírus deixou 455.875 mortes nos Estados Unidos, mais do que em qualquer outro país do mundo, pulverizando um mercado de trabalho dinâmico que antes da pandemia alcançava uma taxa de desemprego de 3,5% e que alcançou a taxa de desemprego de 14,17% em abril.

No ano passado, o país sofreu a pior contração desde 1946 e a recuperação tem sido desigual: alguns setores como o imobiliário conseguiram se recuperar, mas outros, como lazer e viagens, ainda sofrem com a pandemia.

- Apoio do FMI -

O plano foi bem recebido pela diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva.

"Os Estados Unidos têm espaço fiscal para tomar medidas adicionais de alívio e apoio", disse ela a repórteres nesta sexta, indicando que considera "apropriado" usar esta ferramenta "dado o grau excepcional de incerteza e o fato de que ainda há muito sofrimento para as famílias e as empresas".

A consultoria HFE destacou que as inscrições para o seguro-desemprego poderiam ter caído mais do que o registrado, já que muitas restrições impostas pela pandemia foram suspensas.

"O mercado de trabalho ainda está longe de se recuperar", disse HFE.

Os analistas esperavam que a taxa de desemprego ficasse estável em 6,7%, mas apostavam em um número maior de geração de empregos, em torno de 50 mil.

A consultoria Oxford Economics alertou que embora os números pareçam bons, "a manchete mascara um impulso significativo de fatores sazonais, uma revisão em baixa significativa de 159 mil nos números de criação de empregos em novembro e dezembro e uma queda na taxa de participação no mercado de trabalho".

Actualmente, um terço dos desempregados está sem actividade há mais de seis meses e há seis milhões de pessoas trabalhando em tempo parcial, embora desejassem ter mais horas.

O número de pessoas consideradas desempregadas é de 10,1 milhões, quase o dobro antes da crise.

Este número também não leva em conta os trabalhadores independentes que perderam seus empregos durante a crise, já que há um total de 17 milhões de pessoas que recebem subsídios, de acordo com estatísticas divulgadas na sexta-feira.

Enquanto isso, os números revelam desigualdades no país, já que a taxa de desemprego é menor entre os trabalhadores brancos, entre os quais se situa em 5,7%, mas é maior entre os latinos (8,6%) e negros (9,2%).


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