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Estado de Minas WASHINGTON

Estudo encomendado pelo Congresso dos EUA recomenda adiar retirada do Afeganistão


03/02/2021 18:58

Um estudo encomendado pelo Congresso dos Estados Unidos recomendou nesta quarta-feira (3) o adiamento da retirada militar do Afeganistão prevista para maio, com o alerta de que seria uma vitória do Talibã.

"Retirar as tropas dos Estados Unidos de maneira irresponsável certamente levará a uma nova guerra civil no Afeganistão, convidando à reestruturação de grupos terroristas anti-americanos que podem ameaçar nosso território e promover um discurso de vitória sobre o país mais poderoso do mundo", diz o relatório.

"Apoiar as negociações de paz oferece aos Estados Unidos a possibilidade de honrar os sacrifícios dos EUA, garantir os interesses centrais do país e demonstrar aos inimigos desta nação que eles não prevalecerão", acrescenta.

O Grupo de Estudos do Afeganistão inclui 15 membros de ambas as partes. Os codiretores foram a ex-senadora republicana Kelly Ayotte e Nancy Lindberg, ex-funcionária de ajuda internacional dos Estados Unidos (USAID) que até o ano passado chefiava o Instituto Americano para a Paz.

O Congresso encomendou o estudo em dezembro de 2019, quando o então presidente Donald Trump intensificou seus esforços para encerrar o que ele descreveu como uma "guerra sem fim", lançada pelos Estados Unidos depois dos ataques da Al-Qaeda em Nova York em 11 de setembro de 2001.

Em 29 de fevereiro do ano passado, o governo de Trump firmou um acordo com os talibãs segundo o qual os Estados Unidos se retirariam em maio de 2021 em troca de que os talibãs impedissem que o Afeganistão fosse utilizado por grupos extremistas, o objetivo inicial da invasão americana.

Os codiretores do estudo disseram que os Estados Unidos deveriam priorizar a promoção de um acordo de paz entre o Talibã e o governo de Cabul, que iniciou suas primeiras negociações após a promessa de Washington de se retirar.

Os Estados Unidos "não deveriam, entretanto, simplesmente entregar a vitória ao Talibã", alerta o relatório.

"Para alcançar o objetivo geral de uma paz estável e negociada que satisfaça os interesses dos Estados Unidos, seria necessário começar garantido uma prorrogação do prazo de maio", disseram.

Em 15 de janeiro, nos últimos dias de Trump no cargo, os Estados Unidos reduziram as forças no Afeganistão para apenas 2.500 soldados, o nível mais baixo desde o início da guerra.


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