(none) || (none)
UAI
Publicidade

Estado de Minas WUHAN

OMS continua busca por respostas em Wuhan; AL supera 600.000 mortos por covid


03/02/2021 10:43

Os especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS) visitaram nesta quarta-feira (3) o Instituto de Virologia de Wuhan, como parte de sua investigação sobre a origem do coronavírus nesta cidade chinesa, horas depois da América Latina e Caribe superarem os 600.000 mortos por covid-19.

A missão da OMS é um assunto delicado para a China, que nega ser responsável pelo surgimento da pandemia em 2019 e que demorou mais de um ano para autorizar a visita de especialistas internacionais.

A visita ao Instituto de Virologia durou quatro horas e possibilitou um "encontro extremamente importante com a equipe" e uma "discussão aberta e franca", disse Peter Daszak, um dos membros da missão, no Twitter.

O instituto de Wuhan possui vários laboratórios de segurança máxima onde pesquisadores trabalham com coronavírus e possui a maior coleção de cepas de vírus da Ásia, com 1.500 amostras diferentes, de acordo com seu site.

O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, acusou a instituição de deixar escapar o vírus que causou a covid-19, provocando a pandemia. Pequim nega veementemente a acusação.

Como um ano se passou entre o aparecimento do vírus em Wuhan e a missão da OMS, muitos analistas duvidam que os especialistas internacionais encontrarão indícios reveladores do início da crise.

"É claro que o ideal é fazer o estudo na hora ou imediatamente depois", disse à AFP o Dr. Hung Nguyen-Viet, que faz parte da missão da OMS. "É improvável que depois de uma missão tão curta tenhamos um entendimento muito preciso ou respostas definitivas", explicou.

- 600.000 mortos na América Latina -

A pandemia de coronavírus já deixou mais de 2,2 milhões de mortos e 103 milhões de infectados em todo o mundo, de acordo com os últimos números compilados pela AFP nesta quarta-feira.

Na terça-feira à noite, os países da América Latina e Caribe ultrapassaram 600.000 vítimas fatais e 19 milhões de casos, atrás da Europa (mais de 751.000) e à frente dos Estados Unidos e Canadá (467.000) e Ásia (241.000).

Brasil e México respondem por metade das mortes na região, com 226.309 e 159.533 mortes registradas, respectivamente. Só na terça, por exemplo, houve 1.210 mortes por covid-19 no Brasil, segundo cálculos oficiais.

Em proporção à sua população, o Peru é o país mais afetado da região, com 125 mortes por 100.000 habitantes, seguido pelo México (123), Panamá (123), Argentina (107) e Colômbia (107).

À medida que aumenta o saldo de infecções e mortes e os países tentam se proteger para impedir o avanço da pandemia, restringindo voos internacionais e aumentando as restrições de movimento de seus cidadãos, a corrida global por vacinas continua seu curso.

No momento, mais de 104 milhões de pessoas em 82 países e territórios receberam pelo menos uma primeira dose da vacina contra o coronavírus, de acordo com uma contagem da AFP. Os países de maior renda, apesar de abrigarem apenas 16% da população mundial, respondem por 65% das doses administradas.

Em Israel, 37% da população recebeu pelo menos uma dose da vacina desenvolvida pelos laboratórios Pfizer-BioNTech, a maior porcentagem do mundo. Os dados fornecidos pelo país servirão para conhecer mais sobre a imunidade oferecida por esse fármaco, fabricado em tempo recorde.

Em termos absolutos, os Estados Unidos são o país que mais administrou vacinas, com 32,8 milhões de doses, seguido pela China (24 milhões) e Reino Unido (10 milhões). Em toda a União Europeia (UE), 12,7 milhões de doses foram injetadas.

- Sucesso da Sputnik V -

Nenhum país de baixa renda iniciou uma campanha massiva de vacinação. Esses países aguardam as primeiras entregas de doses, agendadas para este mês, no âmbito do sistema Covax lançado pela OMS e a Aliança para a Vacinação (GAVI) e com o qual busca garantir a distribuição de vacinas aos países mais desfavorecidos.

A China disse nesta quarta-feira que fornecerá 10 milhões de doses de sua vacina ao Covax.

Além disso, nesta quarta, a Rússia anunciou que quer aumentar a produção de sua vacina Sputnik V no exterior, um dia depois que a revista científica The Lancet publicou que a eficácia contra o coronavírus desse medicamento é de quase 92%.

"Em um futuro muito próximo, queremos começar a produzir em outros países para atender à crescente demanda de cada vez mais países", disse o porta-voz do governo, Dmitri Peskov, a repórteres.

A vacina russa foi vista com suspeita por um tempo devido à falta de apoio científico para sustentar sua eficácia, e o reconhecimento da The Lancet é uma espécie de vingança.

O fármaco já foi aprovado em 15 países, incluindo ex-repúblicas soviéticas, aliados políticos como Venezuela ou Irã, e países como Argentina e México.

Ao invés de exportar, a Rússia quer fechar acordos de cooperação com outros países para produzir sua vacina, que, por enquanto, é fabricada em países como Brasil, Índia, Coreia do Sul e Cazaquistão.

Países da UE, como Espanha e França, também disseram estar abertos para administrar a vacina russa, se a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), onde a Rússia já iniciou o processo de aprovação, validar.


receba nossa newsletter

Comece o dia com as notícias selecionadas pelo nosso editor

Cadastro realizado com sucesso!

*Para comentar, faça seu login ou assine

Publicidade

(none) || (none)