Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

Mayorkas se torna o primeiro latino a chefiar o Departamento de Segurança Interna dos EUA

Alejandro Mayorkas se tornou nesta terça-feira (2) o primeiro latino e o primeiro imigrante a chefiar o Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos (DHS, na sigla em inglês), pasta que supervisiona, entre outros temas, a política migratória e a segurança das fronteiras.



O Senado confirmou Mayorkas, filho de refugiados cubanos, nascido em Havana, por 57 votos a favor e 43 contra, em um momento em que o governo Biden busca reverter alguns decretos anti-imigração de seu antecessor, Donald Trump.

O governo anunciou nesta terça-feira que quer "acelerar" a naturalização de nove milhões de imigrantes e que vai criar uma equipe para reunir famílias separadas pela política de "tolerância zero" de Trump.

Durante suas audiências de confirmação, Mayorkas disse aos legisladores que no governo Biden haverá o "compromisso" de cumprir as leis de asilo.

Mayorkas, de 61 anos, foi o cubano-americano de mais alto escalão no governo Barack Obama, do qual Biden foi vice-presidente, como subsecretário do DHS entre 2013 e 2016.

Antes disso, ele foi diretor dos Serviços de Cidadania e Imigração dos Estados Unidos (USCIS) de 2009 a 2013.

Pelo menos seis republicanos votaram alinhados com os democratas para confirmar Mayorkas, embora o líder da minoria opositora na Câmara Alta, Mitch McConnell, fosse contra sua nomeação.



McConnell afirmou antes da votação que, durante o governo Obama, Mayorkas se "acomodava" os principais líderes democratas ao distribuir permissões de residência como "favores políticos" e que interveio em casos de imigração.

A senadora democrata Dianne Feinstein comemorou a confirmação, dizendo no Twitter que "como o primeiro imigrante a ocupar o cargo de secretária de @DHSgov, ele vai restaurar a moralidade e a compaixão que infelizmente estiveram ausentes neste departamento por muito tempo".

Quando Biden anunciou sua indicação em novembro, Mayorkas - descendente de um judeu cubano e uma judia romena que chegaram aos Estados Unidos em 1960 - destacou sua condição de refugiado ao chegar ao país.

"Os Estados Unidos forneceram a mim e a minha família um local de refúgio. Agora, fui nomeado para ser secretário do DHS e supervisionar a proteção de todos os americanos e daqueles que fogem da perseguição", declarou.

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