A vacina russa Sputnik V tem eficácia de 91,6% contra a COVID-19 em suas manifestações sintomáticas - é o que aponta uma análise dos testes clínicos publicada nesta terça-feira (2) pela revista médica The Lancet e validada por especialistas independentes.
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Espanha restringe voos do Brasil e África do Sul por novas variantes do vírusMissão da OMS na China vai 'muito bem', afirma membroControle de exportações da UE freará vacinação no país, alerta Japão"Isto significa que uma vacina adicional pode se unir ao combate para reduzir a incidência da COVID-19", completam os pesquisadores.
Os primeiros resultados verificados corroboram as afirmações iniciais da Rússia, recebidas com desconfiança no ano passado pela comunidade científica internacional.
A Sputnik V ficaria, assim, entre as vacinas mais eficazes, próxima dos imunizantes da e da Moderna (quase 95% de eficácia).
Nas últimas semanas, algumas autoridades na Europa solicitaram que a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) avaliasse rapidamente a vacina russa.
Os resultados publicados na revista The Lancet procedem da última fase dos testes clínicos, a 3, que reuniu quase 20.000 voluntários.
Como acontece nestes casos, os resultados foram apresentados pela equipe que elaborou a vacina e conduziu os testes, antes de serem submetidos a outros cientistas independentes.
Os dados mostram que a Sputnik V reduz em 91,6% o risco de desenvolver sintomas de covid-19.
Os participantes no teste realizado entre setembro e novembro receberam duas doses, ou um placebo, com três semanas de intervalo.
No total, 16 voluntários dos 14.900 que receberam a vacina foram diagnosticados como casos positivos de covid-19, ou seja, 0,1%, contra 62 dos 4.900 que receberam um placebo (1,3%).