Jornal Estado de Minas

VIENA

Protesto na Áustria contra medidas anticovid reúne 10.000 pessoas

Cerca de 10.000 pessoas, incluindo neonazistas, saíram às ruas de Viena neste domingo (31) para protestar contra as restrições impostas para conter a pandemia, apesar da proibição da manifestação.



No dia anterior, a polícia havia proibido o protesto, depois que uma mobilização anterior, em meados de janeiro, também reuniu 10 mil pessoas, muitas delas sem máscara e sem distanciamento social.

Mas, segundo as forças de segurança, milhares de pessoas participaram da marcha, convocada pelo partido de extrema direita FPÖ, que classificou a proibição de "escandalosa".

Entre os participantes havia neonazistas e "hooligans".

A polícia fez dez detenções, enquanto a multidão se negava a se dispersar, disposta a marchar rumo ao Parlamento, provocando cortes de circulação.

Quatro policiais ficaram feridos e mais de 800 pessoas foram sancionadas por desrespeitar as medidas sanitárias, segundo o ministro do Interior, Karl Nehammer, que organizou uma coletiva de imprensa à noite, explicando que o protesto terminou às 19h30 locais (15h30 de Brasília).

Esta semana, o ex-ministro do Interior Herbert Kickl, membro do FPÖ, fez um apelo para tomar as ruas no domingo em protesto contra o toque de recolher e o terceiro confinamento em vigor.

Antecipando-se a possíveis "distúrbios da ordem pública", as autoridades decidiram proibir a manifestação.

Apesar do novo confinamento e da extensão do toque de recolher, a Áustria, com 8,9 milhões de habitantes, registrou neste domingo 1.190 novas infecções por covid-19.

audima