Os quatro presos foram acusados de "desonrar abertamente os valores religiosos adotados por parte do público", explicou o gabinete do governador de Istambul.
A polícia buscava outras duas pessoas, acrescentou a fonte, descrevendo a obra de arte como um "ataque feio" ao Islã.
O ministro do Interior turco, Suleyman Soylu, disse em um tuíte neste sábado que "quatro transviados LGBT" (lésbicas, gays, transexuais e bissexuais) foram detidos, um comentário que causou polêmica nas redes sociais.
A obra, que segundo a governadoria de Istambul também incluía uma bandeira do arco-íris - um símbolo associado à comunidade LGBT - foi exposta na sexta-feira em frente à reitoria da Universidade de Bogazicy, de acordo com a governadoria.
A "falta de respeito" demonstrada para com a Kaaba diz respeito a tudo "exceto a liberdade de expressão ou o direito de manifestação", tuitou o porta-voz do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, Ibrahim Kalin, neste sábado, prometendo que "esta aberração será punida com a sanção prevista em lei ".
A Universidade de Bogazicy tem sido palco de protestos nas últimas semanas contra a nomeação do novo reitor, Melih Bulu, por Erdogan, que os manifestantes dizem ter motivação política.
No início deste mês, o presidente turco acusou alguns dos manifestantes de "terroristas".
Embora a homossexualidade seja legal na Turquia, os homossexuais costumam ser perseguidos. Nos últimos anos, vários eventos LGBT, como a parada do Orgulho Gay de Istambul, foram proibidos.