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Estado de Minas IMUNIZAÇÃO

Europa autoriza vacina da AstraZeneca;

Agência Europeia de Medicamentos recomendou o imunizante do laboratório britânico para maiores de 18 anos


29/01/2021 19:34 - atualizado 29/01/2021 20:04

 

Um profissional de saúde mostra um frasco da vacina contra a COVID-19 da AstraZeneca-Oxford, no Hospital Patan perto de Kathmandu em 27 de janeiro de 2021(foto: Prakash Mathema/AFP)
Um profissional de saúde mostra um frasco da vacina contra a COVID-19 da AstraZeneca-Oxford, no Hospital Patan perto de Kathmandu em 27 de janeiro de 2021 (foto: Prakash Mathema/AFP)
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) recomendou nesta sexta-feira (29) a autorização da vacina da AstraZeneca contra a COVID-19 para os maiores de 18 anos, enquanto cresce a preocupação em todo o mundo com a lentidão na vacinação e as novas variantes do coronavírus.


A vacina desenvolvida pelo laboratório britânico AstraZeneca e a Universidade de Oxford é a terceira que pode ser distribuída entre os 27 Estados-membros após obter a aprovação da EMA, depois da e da Moderna.

"Espero que a empresa entregue as 400 milhões de doses como acordado", afirmou no Twitter a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A decisão da EMA coincide com uma forte tensão entre a UE e AstraZeneca. Há alguns dias, o laboratório britânico é alvo da indignação dos líderes europeus, após anunciar que só poderia fornecer um quarto das doses que prometeu para o primeiro trimestre de 2021.

Ao saudar a aprovação de sua vacina, a AstraZeneca prometeu "acesso amplo e justo" ao medicamento.

"A primeira remessa será de cerca de três milhões de doses, que serão lançadas nos próximos dias", disse o diretor-executivo do laboratório, Pascal Soriot.

A UE exige que o laboratório cumpra seus compromissos, fornecendo doses produzidas em suas fábricas no Reino Unido, mas Londres insistiu que seu país deve primeiro receber todas as vacinas que encomendou.

Para aumentar a pressão, a Comissão Europeia publicou nesta sexta-feira o contrato no qual a AstraZeneca se compromete a cumprir os "melhores esforços" e se coloca à disposição das fábricas britânicas.

Além disso, a Comissão anunciou um mecanismo de controle da exportação de vacinas contra a covid do território europeu.

 

Cresce preocupação mundial com variantes 

 

 

Em meio a essa situação, a Organização Mundial da Saúde (OMS) pediu nesta sexta-feira que, como já aconteceu em outras epidemias, os países pobres não fiquem aguardando até que os ricos vacinem suas populações.

No entanto, e apesar do aval da EMA, a comissão alemã de vacinação manteve na quinta-feira sua decisão de desencorajar a vacina da AstraZeneca para maiores de 65 anos, evocando dados "insuficientes".

Novas medidas na Europa e no México, no topo das mortes 

 

 

A Europa é a região mais enlutada, com mais de 725.000 óbitos, seguida por América Latina e Caribe (cerca de 588.000 mortes) e Estados Unidos e Canadá (aproximadamente 452.000).

Por países, o México se tornou nesta sexta-feira o terceiro do mundo em mortes (155.145), atrás do Brasil (221.547) e dos Estados Unidos (433.206), segundo contagem da AFP com base em dados oficiais.

O aparecimento de novas cepas em Reino Unido, África do Sul e Brasil, já presentes em dezenas de países, complicou nas últimas semanas o combate ao vírus. Alguma das três variantes já foi detectada em 14 países das Américas, alertou a Organização Pan-americana da Saúde (Opas).

A Alemanha anunciou a proibição das entradas de viajantes do Reino Unido, Irlanda, Portugal, Brasil, África do Sul e Lesotho e Eswatini, dois reinos africanos.

Na Espanha, as autoridades de saúde suspeitam da cepa britânica em um surto de contágios com 11 mortos em um lar de idosos perto de Madri.

As mutações preocupam os especialistas pela possibilidade de resistirem às vacinas, embora as empresas Moderna e Pfizer tenham afirmado que seus imunizantes funcionam contra as variantes britânica e sul-africana.

Para dissipar as relutâncias sobre a vacinação, nesta sexta-feira a EMA afirmou que a vacina da não está relacionada com as mortes de pessoas que receberam a injeção.

A EMA disse esperar "em breve" uma solicitação de comercialização da vacina da Johsnon & Johsnon, que anunciou que seu produto tem um eficácia geral de 66%.

A gigante farmacêutica suíça Novartis anunciou nesta sexta-feira que assinou um acordo preliminar para ajudar a produzir a vacina da

Na espera de alcançar uma imunização coletiva, os países continuam aplicando restrições para conter a propagação do vírus com toques de recolher e confinamentos cada vez mais impopulares.

A França fechará suas fronteiras com países fora da UE a partir de domingo "exceto por razões imperiosas", para tentar conter a pandemia, e lojas de mais de 20.000 m2 devem fechar suas portas, anunciou o primeiro-ministro Jean Castex na noite desta sexta-feira.

Já a Itália decidiu na sexta-feira aliviar as restrições em algumas regiões, o que é considerado "muito cedo" pela OMS.

As medidas adotadas para frear a pandemia prejudicaram a economia mundial, com recessões nunca vistas desde a Segunda Guerra Mundial, como no caso da França.

O Produto Interno Bruto (PIB) da segunda economia europeia caiu 8,3% em 2020, uma queda inferior à da Espanha, cuja economia encolheu 11% no ano passado, também seu pior resultado em décadas, segundo dados dos respectivos institutos de estatística.


OMS em Wuhan

Desde seu surgimento, a covid-19 matou quase 2,2 milhões de pessoas entre as 101,5 milhões infectadas no mundo e as esperanças para virar a página da pandemia estão voltadas para as vacinas desenvolvidas em menos de um ano, um feito científico.

Uma equipe da Organização Mundial da Saúde (OMS) começou a coletar dados em sua primeira visita a Wuhan em busca de indícios sobre a origem do coronavírus.

Os especialistas visitaram hoje um hospital e devem visitar também um mercado de alimentos desta metrópole de 11 milhões de habitantes que é considerada o "marco zero" da pandemia.

"Primeira visita extremamente importante", tuitou Peter Daszak, presidente da ONG EcoHealth Alliance e membro da missão.

O gigante asiático, que há meses registra pequenos surtos isolados da doença, registrou oficialmente 4.636 mortes, um número insignificante comparado aos balanços da maioria dos países do mundo, onde a pandemia continua seu avanço mortal.


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