Tashi Wangchuk, um defensor da língua tibetana detido em 2016, foi condenado em 2018 pela Justiça chinesa com base em um documentário no final de 2015 do New York Times.
O ativista denunciava um déficit no ensino do idioma tibetano nas escolas de sua província natal de Qinghai (noroeste), povoada por vários tibetanos, e fez referência a um "massacre sistemático" da cultura local.
O documentário relatava sua viagem a Pequim, onde tentava sensibilizar as autoridades e os meios de comunicação sobre sua causa.
Seu advogado anunciou no Twitter nesta quinta-feira que ele foi libertado e escoltado para sua casa por funcionários, que já está com a família de sua irmã em Yushu e com boa saúde, mas não conseguiu garantir que está "totalmente livre".
Nesta sexta-feira, o advogado afirmou à AFP que, depois de um primeiro contato com o ativista, não conseguiu entrar mais em contato com ele ou com sua família, e expressou sua preocupação de que continue sendo alvo de restrições.
Os funcionários judiciais e penitenciários da província de Qinghai, contatados pela AFP, se recusaram a fazer comentários.
A China interferiu militarmente no Tibete em 1951, após quatro décadas de independência 'de fato' após a queda do Império chinês. Muitos tibetanos acusam o governo de repressão religiosa e cultural e denunciam a chegada de migrantes de outras regiões.