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Estado de Minas MOSCOU

Rússia fecha o cerco contra partidários de Navalny


27/01/2021 23:48 - atualizado 27/01/2021 23:55

A polícia russa multiplicou as investigações e buscas nesta quarta-feira (27) para conter o movimento de protestos a favor do dissidente preso Alexei Nalvany, cujos partidários planejam se manifestar de novo neste fim de semana.

Enquanto isso, o escritório de supervisão das telecomunicações Roskomnadzor anunciou que vai sancionar as redes sociais e os sites Facebook, Instagram, Twitter, TikTok, VKontakte, Odnoklassniki e YouTube por terem permitido mensagens incitando menores a participar dos protestos.

O apartamento moscovita de Navalny foi invadido pela polícia nesta quarta-feira. "Eles não permitem que minha advogada venha e quebraram minha porta", gritou para a imprensa pela janela Yulia, a esposa do opositor.

A polícia realizou também uma busca nos escritórios da organização de Navalny, o Fundo de Combate à Corrupção, informou no Twitter Liubov Sobol.

Segundo o diretor da entidade, Ivan Jdanov, a polícia também revistou um apartamento de Navalny onde estava seu irmão Oleg e a residência da porta-voz do opositor, Kira Iarmych, condenada na sexta-feira a nove dias de prisão.

Essas buscas ocorrem em meio a uma investigação do ministério do Interior por violação das "normas sanitárias" vigentes por causa da epidemia do coronavírus, depois das manifestações de sábado na Rússia convocadas pelo opositor, afirmam pessoas próximas a ele.

"Estou surpreso de ver até que ponto um só homem, Navalny, parece preocupar ou até amedrontar o governo russo", reagiu em Washington o novo chefe da diplomacia americana, Anthony Blinken.

Após afirmar que "estamos profundamente preocupados com a segurança de Navalny", Blinken declarou que o opositor é o porta-voz de "muitos russos e deveria ser ouvido e não amordaçado".

As investigações relacionadas às manifestações de sábado passado se multiplicam, enquanto os partidários de Navalny anunciaram novos protestos no domingo.

- Investigações e multas -

Em Moscou, está programado um protesto em frente à sede dos Serviços de Segurança (FSB), enquanto Navalny deve comparecer ao tribunal na próxima semana e corre o risco de ser preso.

Os organizadores esperam repetir o sucesso que tiveram em 23 de janeiro, quando dezenas de milhares de russos foram às ruas mesmo com a proibição de se manifestar.

As autoridades anunciaram que abriram cerca de 20 investigações relacionadas às manifestações, especialmente por convocações de distúrbios, violência contra a polícia ou incitar menores a cometer ações ilegais.

O ministério do Interior abriu uma investigação por bloqueio de vias públicas, em particular em Vladivostok (extremo oriente), onde os manifestantes bloquearam a circulação.

A manifestação em cerca de cem cidades russas, uma amplitude geográfica excepcional para este país, culminou em aproximadamente 3.900 prisões.

Para alimentar este movimento, a equipe de Navalny publicou na semana passada uma investigação anticorrupção sobre um luxuoso palácio que teria sido construído para Vladimir Putin, que nega categoricamente a acusação.

Alexei Navalny acusou os Serviços Secretos russos (FSB) de envenená-lo no final de agosto com um agente neurotóxico, por ordem do presidente russo, acusações que o Kremlin rejeita.

Após uma recuperação de cinco meses na Alemanha, o opositor retornou à Rússia em 17 de janeiro e foi imediatamente detido.

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