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Estado de Minas MOSCOU

Rússia multará redes sociais por incitar jovens a protestar


27/01/2021 14:27 - atualizado 27/01/2021 14:31

O governo russo anunciou, nesta quarta-feira (27), que aplicará sanções às principais redes sociais por estimulares os jovens a se manifestarem a favor do opositor Alexei Navalny.

Antes dos protestos, realizados em todo país no sábado, as plataformas de redes sociais, incluindo o TikTok, muito popular entre os adolescentes, viram inundadas com milhares de mensagens, pedindo aos russos para irem às ruas.

Em resposta, o organismo de vigilância dos meios de comunicação russos Roskomnadzor advertiu às plataformas que enfrentariam multas por não eliminarem tais mensagens.

"Facebook, Instagram, Twitter, TikTok, VKontakte, Odnoklassniki assim como (...) YouTube serão multados por não respeitarem as exigências de supressão dos chamados para participar de concentrações não autorizadas de 23 de janeiro dirigidas a menores", afirma um comunicado do organismo regulador do setor de Telecomunicações no país, o Roskomnadzor.

"Apesar do pedido do Procuradoria Geral e da notificação da Roskomnadzor, estas plataformas de Internet não eliminaram a tempo um total de 170 convocações ilegais", afirma o comunicado.

A agência Roskomnadzor acrescentou que as multas oscilariam entre 800.000 rublos (10.520 dólares) e 4 milhões de rublos (52.760 dólares).

Em uma videoconferência no fórum de Davos nesta quarta, o presidente russo, Vladimir Putin, denunciou os gigantes da Internet, os quais, segundo ele, "já competem de fato com os Estados".

"Onde está a linha que separa o sucesso de uma empresa mundial que presta serviços populares (...) e as tentativas de controlar brutalmente a sociedade à sua vontade?", Putin questionou, dando a entender que essa linha havia violado "os direitos humanos fundamentais".

"Acabamos de ver tudo isso nos Estados Unidos", acrescentou o presidente russo, referindo-se ao bloqueio da conta do Twitter do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump, após o ataque de alguns de seus partidários Capitólio, em 6 de janeiro passado.

Na Rússia, onde, ao contrário dos veículos de comunicação tradicionais, a Internet continua sendo relativamente gratuita, muitos jovens se informam cada vez mais por plataformas como o YouTube.

Vídeos de estrelas da web como Yuri Dud, conhecido por seus documentários chocantes, ou do opositor Alexei Navalny, têm milhões de visualizações.

Como resposta, as autoridades começaram, nos últimos anos, a controlar mais a Internet russa em nome da luta contra o extremismo, contra o terrorismo e pela proteção de menores.

Na semana passada, a agência Roskomnadzor já havia reagido à onda de conteúdos pró-Navalny, ameaçando multar as redes sociais.

Hoje, o CEO do TikTok na Rússia foi convidado a comparecer à Duma (Câmara Baixa do Parlamento russo) antes de uma reunião da Comissão de Inquérito sobre a interferência estrangeira.

A diplomacia russa denunciou, na segunda-feira, a "ingerência" nos assuntos internos russos dos gigantes americanos de Internet, após as manifestações da oposição que reuniram milhares de pessoas em toda Rússia no sábado passado.


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