"Eles estão travando uma guerra psicológica, eles praticamente não têm planos ou capacidades", declarou Mahmud Vaezi, chefe de gabinete do presidente iraniano, a uma pergunta sobre as declarações do oficial israelense à margem de um conselho de ministros.
Na terça-feira, o chefe do Estado-Maior do Exército israelense, Aviv Kochavi, disse que ordenou ao Exército que "se preparasse para planos operacionais adicionais" em 2021, que "estarão prontos" se for decidido realizar uma ofensiva contra o Irã, o inimigo número um de Israel.
"Para defender o Irã, nossas forças armadas estão treinadas. As diferentes manobras que realizamos são sinais de que não temos a intenção de atacar", ressaltou Vaezi.
"Não temos intenção de ir à guerra, mas levamos a sério a defesa do nosso país", acrescentou.
Desde o início de janeiro, as forças iranianas realizam exercícios militares no centro do país e no Golfo, usando mísseis e drones.
Os comentários de Kochavi ocorrem quase uma semana depois da chegada de Joe Biden ao poder nos Estados Unidos. Seu antecessor, Donald Trump, adotou uma política de "pressão máxima" com o Teerã e retirou-se unilateralmente do acordo nuclear iraniano de 2015.
Considerando que a política iraniana de Trump foi um fracasso, Biden apresentou sua intenção de retornar a este pacto, acordado em Viena entre Teerã e o Grupo dos Seis (China, Estados Unidos, França, Reino Unido, Rússia e Alemanha) quando Irã respeitar os seus compromissos novamente.
Teerã, por sua vez, pede uma suspensão "incondicional" das sanções e que Washington renuncie às "concessões" para que retorne ao acordo.
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