Conte, que perdeu o apoio de parte da coalizão, continuará como chefe de governo interino para "os assuntos correntes", explicou a Presidência da República em um comunicado.
A renúncia de Conte marca o início de outra crise política na Itália em plena pandemia. Na quarta-feira, o presidente Mattarella começará a consultar todas as forças políticas.
O chefe do Executivo perdeu em meados de janeiro o apoio do pequeno mas crucial partido "Itália Viva" do ex-primeiro-ministro Matteo Renzi, um partido de centro que critica sua gestão da pandemia e o gigantesco plano de mais de 200 bilhões de euros da União Europeia para a reconstrução do país.
O segundo governo de Conte, formado em setembro de 2019 graças à coalizão entre o PD (centro-esquerda) e o Movimento 5 Estrelas (M5E, antissistema), chegou ao fim nesta terça-feira após 509 dias em ação.
Conte, que deseja continuar no cargo, espera obter apoios de setores independentes e de centro para um terceiro mandato.
Por sua vez, a oposição de extrema direita pede a convocação de eleições o mais rápido possível, convencida de que irá ganhá-las, enquanto a direita moderada liderada por Silvio Berlusconi se oferece para apoiar um Executivo de unidade nacional.
ROMA