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Estado de Minas BERLIM

Alemanha supera 50.000 mortos por covid-19; Biden promete mais ajuda alimentar nos EUA


22/01/2021 11:24

Em um reflexo da difícil situação pela qual a Europa está passando, a Alemanha superou nesta sexta-feira (22) 50.000 mortes pela pandemia de covid-19, cujas graves consequências econômicas levaram o presidente Joe Biden a aumentar a ajuda alimentar para milhões de americanos.

Com suas novas variantes, aparentemente mais contagiosas, a covid-19 não dá trégua e na Alemanha, onde as medidas para conter a pandemia foram reforçadas, já causou 50.642 mortes, segundo o instituto de vigilância sanitária Robert Koch (RKI).

O ministro da Saúde alemão, Jens Spahn, reafirmou a necessidade de intensificar as restrições para que o número de infecções volte a ser "controlável".

Assim, restaurantes, cafés, espaços esportivos e culturais, escolas e todos os negócios considerados não essenciais permanecerão fechados até pelo menos 14 de fevereiro. Além disso, o uso de máscara cirúrgica será obrigatório no transporte público e nas lojas.

Segundo Lothar Wieler, presidente do RKI, os números mostram "uma ligeira tendência positiva", que ele atribuiu às medidas restritivas.

- Mais ajuda nos EUA -

Nos Estados Unidos, o país que registra mais mortes pela pandemia, com mais de 410.000 óbitos, o presidente Joe Biden vai assinar um decreto nesta sexta para aumentar a ajuda alimentar e enfrentar as consequências devastadoras da crise.

Biden assegurou na quinta que vai liderar uma estratégia baseada "na ciência" e não "na política" e que a mobilização será digna de "tempos de guerra".

Entre as medidas já adotadas pelo novo presidente democrata está a que estabelece que os viajantes que chegam aos Estados Unidos devem apresentar teste negativo para covid-19 e cumprir uma quarentena.

Seu governo também planeja fortalecer o programa de vacinação (visa imunizar 100 milhões de pessoas em 100 dias) e ampliar a obrigatoriedade do uso de máscara no transporte público.

Biden não demorou muito para marcar distâncias com seu antecessor, Donald Trump, e assim que assumiu o cargo ordenou o retorno do país à Organização Mundial da Saúde (OMS).

- O preço do Natal -

Assim como os Estados Unidos, a União Europeia (UE) prepara novas medidas conjuntas para endurecer as restrições a viagens.

Diante do alarme gerado pelas diferentes variantes do coronavírus, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, considerou, durante uma cúpula virtual na quinta-feira, que "todas as viagens não essenciais" devem "ser fortemente desencorajadas".

A situação na Europa, onde mais de 687.000 mortes por covid-19 já foram notificadas, está se deteriorando a cada dia e as campanhas de vacinação, julgadas muito lentas, e medidas restritivas não parecem conter a onda de contágios.

Na Espanha, os hospitais pagam o preço das festas de fim de ano e as unidades de terapia intensiva estão à beira do colapso.

"Começamos o dia com dois leitos livres, mas já temos uma internação e estamos aguardando a segunda. Com isso, voltaremos a ter 100% da UTI ocupada", disse o médico Mapi Gracia, do Hospital del Mar de Barcelona, no nordeste do país.

Até agora, a Espanha registrou 2,4 milhões de casos e mais de 55.000 mortes.

- Wuhan em festa -

Em contraste, na cidade chinesa de Wuhan, onde os primeiros casos de coronavírus do mundo foram registrados em dezembro de 2019, a vida noturna está no auge.

"Fiquei preso em casa por dois ou três meses. O país lidou muito bem com a epidemia, agora posso sair com absoluta paz de espírito", disse à AFP um homem de 30 anos na enorme boate "Super Monkey".

A China praticamente erradicou a pandemia de seu território e oficialmente registrou apenas 4.635 mortes por covid-19. Nas últimas semanas, porém, reportou alguns pequenos surtos.

O aparecimento de alguns casos em Pequim, por exemplo, levou a prefeituea a lançar uma campanha de testes massiva a partir desta sexta em dois distritos centrais, Dongcheng e Xicheng.

No Japão, os organizadores das Olimpíadas de Tóquio reafirmaram hoje sua intenção de manter as datas programadas (de 23 de julho a 8 de agosto), em uma espécie de metáfora da "vitória da humanidade sobre o novo coronavírus", de acordo com o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga.

Mas praticamente não passa um dia sem a notícia de um novo contágio no mundo do esporte de alto rendimento: esta sexta-feira foi a vez do técnico do Real Madrid, Zinedine Zidane.

- Dois milhões de vacinas para o Brasil -

No mundo todo, a pandemia já custou pelo menos 2,09 milhões de vidas e as autoridades estão alarmadas com o surgimento de novas variantes que apareceram no Reino Unido, África do Sul e Brasil, devido à sua maior infectividade.

A cepa britânica já atingiu pelo menos 60 nações, segundo a OMS, enquanto a cepa sul-africana foi detectada em 23 países e territórios.

Agora, a esperança está acima de tudo na vacinação. Até o momento, pelo menos 56,7 milhões de doses foram administradas em pelo menos 63 países e territórios, de acordo com contagem da AFP nesta sexta-feira, mas 12 países respondem por mais de 90% das vacinas injetadas.

O governo brasileiro, cujo país já lamenta mais de 214 mil mortes, anunciou que receberá nesta sexta dois milhões de doses da vacina fabricada na Índia, o que permitirá reforçar a campanha de imunização que começou tímida esta semana.

Mas as perspectivas no Brasil são desanimadoras e o Rio de Janeiro descartou a realização do carnaval este ano.

A situação na América Latina em geral também não é muito melhor, e a região já registra mais de 564.000 mortes.

Na quinta-feira, o México registrou novos recordes diários de infecções e mortes por covid-19 e já tem mais de 146 mil óbitos, o que o torna o quarto país do mundo com mais mortes por pandemia, atrás dos Estados Unidos, Brasil e Índia.

Na Colômbia, cujos hospitais correm risco de colapso, as mortes por covid-19 já ultrapassaram 50.000 na quinta-feira.


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