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Estado de Minas MADRI

Regiões da Espanha exigem restrições em face do aumento de infecções


21/01/2021 16:30 - atualizado 21/01/2021 16:37

Alarmadas com o aumento desenfreado de infecções por covid-19, as regiões da Espanha estão aumentando sua pressão sobre o governo central para permitir o reforço das restrições sanitárias para impedir a terceira onda de pandemia que lota os hospitais.

Os executivos regionais, competentes em saúde pública, querem acima de tudo poder adiantar o horário do toque de recolher noturno em vigor desde outubro, uma reivindicação de mais da metade das 17 comunidades autônomas.

O estado atual de alarme, válido até maio, permite que o toque de recolher comece às 22h e algumas regiões pretendam antecipá-lo em duas horas.

Regiões como o sul da Andaluzia também pedem que seja conferido o poder de decretar confinamentos domiciliares, algo que o atual estado de alarme não contempla, o guarda-chuva legal para restringir direitos fundamentais da população cuja modificação requer a aprovação do Parlamento, onde o governo é minoria.

O executivo do socialista Pedro Sánchez afirma que as medidas disponíveis, que permitem confinamentos perimetrais de áreas, fechamento temporário de negócios não essenciais e que determinam o número de pessoas que podem se reunir, são suficientes.

"Não se trata de somar muitas medidas de uma só vez, mas sim de aplicar bem as que já adotamos e esperar os dias necessários para avaliar" o seu impacto, afirmou o ministro da Saúde, Salvador Illa, na noite de quarta-feira após o encontro semanal com as autoridades regionais de saúde.

Durante a primeira onda, a Espanha impôs um dos confinamentos mais rígidos do mundo, que só permitia que as pessoas saíssem de casa por motivos de força maior. Traumatizada pelas consequências desta medida drástica para a população e a economia, desde então adotou uma estratégia menos severa.

Mas o governo passa a ser alvo de indignação das regiões.

A decisão de não permitir o aumento do toque de recolher é "autoritária e irresponsável", criticou o vice-presidente regional de Castela e Leão, Francisco Igea.

País muito atingido pela pandemia, a Espanha registrou recorde no balanço diário de infecções diagnosticadas na quinta-feira pelo segundo dia consecutivo, com mais de 44 mil infecções, elevando o número global para 2,45 milhões. As mortes ultrapassaram 55.000.

Em sete regiões, mais de 40% dos leitos de unidades de terapia intensiva estão ocupados por pacientes com covid-19.

"A pressão sobre o sistema de saúde vai se manter", alertou o epidemiologista-chefe do governo espanhol, Fernando Simón.

- "Não podemos fazer mais" -

Atualmente, são 612 pacientes em terapia intensiva na Catalunha, o dobro do mês anterior, indicou o secretário regional de Saúde Pública, Josep Maria Argimon.

"Este é o ponto crucial de nossa situação epidemiológica", disse Argimon.

Andaluzia, a região mais populosa do país com cerca de 8,5 milhões de habitantes, afirma que já esgotou as medidas à sua disposição sob estado de alarme.

O executivo andaluz já estabeleceu toque de recolher às 22h00, encerramento de negócios não essenciais às 20h00 e reuniões limitadas a seis pessoas.

"Não podemos fazer mais com as competências que temos", disse o chefe regional da Saúde, Jesús Aguirre.


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