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Estado de Minas BRUXELAS

Líderes da UE avaliam restrições a viagens não essenciais para conter pandemia


21/01/2021 22:04 - atualizado 21/01/2021 22:13

A União Europeia (UE) pediu que viagens não essenciais entre os países do bloco sejam evitadas para enfrentar a ameaça de novas variantes do coronavírus, e considera a situação de saúde "muito grave", ao final de uma cúpula dos 27 membros por videoconferência nesta quinta-feira (21).

A França já anunciou que vai impor aos viajantes de outros países europeus a apresentação de um teste PCR realizado 72 horas antes da partida a partir deste domingo. Esta obrigação não afeta as viagens essenciais, como a dos trabalhadores fronteiriços.

"Diante da situação de saúde muito grave, todas as viagens não essenciais devem ser desencorajadas com firmeza, tanto dentro de cada país como através das fronteiras", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, em entrevista coletiva ao final de uma reunião dos líderes.

Na mesma linha, o Presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, destacou que "possivelmente será necessário tomar medidas restritivas adicionais para limitar viagens não essenciais".

No entanto, Von der Leyen disse que a decisão de fechar as fronteiras internas da UE deve ser avaliada considerando seu possível grande impacto.

"É importante manter o mercado único funcionando. Portanto, quando se trata de trabalhadores e bens essenciais, eles devem, naturalmente, cruzar as fronteiras. Isso é de extrema importância", disse ela.

A cúpula desta quinta-feira, organizada por videoconferência por motivos de segurança sanitária, é a nona já realizada na UE para enfrentar a pandemia.

As mutações do vírus que surgiram no Reino Unido, África do Sul e Brasil alarmaram as autoridades da UE devido ao aumento da sua capacidade de infecção.

Essas variantes, porém, representam atualmente uma pequena proporção dos casos na UE, e os líderes veem isso como uma corrida para aplicar o maior número possível de vacinas antes que o vírus sofra uma nova mutação.

Antes da reunião, o primeiro-ministro belga, Alexander de Croo, já havia lançado a ideia de proibir temporariamente "viagens não essenciais", embora "isso não signifique o fechamento das fronteiras".

Já a Alemanha propõe uma coordenação nos "testes obrigatórios" para viagens transfronteiriças, enquanto a França é a favor de "controles sanitários" nas fronteiras internas da UE.

- Acelerar campanhas -

Von der Leyen, afirmou esta semana que em breve o bloco ampliará seu arsenal de vacinas para além das duas já autorizadas - e Moderna - para vacinar 70% da população até o final do verão boreal (entre o final de junho e o final de setembro).

"Isso é viável. É ambicioso, mas temos que ser ambiciosos, as pessoas estão esperando por isso", declarou na quarta-feira.

O ritmo das campanhas de vacinação no bloco tem sido muito lento em comparação com Estados Unidos, Israel e outros países, um problema agravado pela demora na entrega das doses da

Também existe uma minoria, especialmente em países como a França, que hesita em se vacinar.

E enquanto muitos esperam que as vacinas acabem com as restrições de viagens, testes obrigatórios, toques de recolher e quarentenas domiciliares, autoridades e diplomatas da UE alertam para os riscos de baixar a guarda cedo demais.

- Certificados de vacinação -

O aumento de casos da variante britânica, em particular, significa que "podemos ter que tomar mais medidas que restrinjam temporariamente a liberdade de movimento dentro da UE", disse um diplomata europeu.

A ideia de usar o certificado de vacinação como forma de passaporte na Europa - como defende a Grécia, país dependente do turismo - ainda está em seus estágios iniciais de discussão.

Autoridades da UE acrescentaram que qualquer movimento nessa direção exige que uma grande proporção de pessoas seja vacinada, para que a Europa não se dividida entre uma pequena minoria capaz de viajar e comer fora, enquanto o resto permanece confinado.

A cúpula também permitiu uma discussão sobre maneiras de garantir que os certificados de vacinação sejam reconhecidos em todos os países da UE, e também sobre as etapas para testes de antígenos - mais baratos e menos invasivos, mas menos confiáveis - sejam aceitos globalmente.


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