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Estado de Minas JERUSALÉM

Israel abre licitação para construir 2.500 novas moradias nas colônias, diz ONG


19/01/2021 21:34

O governo israelense abriu uma licitação para a construção de mais de 2.500 casas em colônias israelenses na véspera da posse do presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, revelou na noite desta terça-feira (19) a ONG Paz Agora.

Na semana passada, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, em campanha eleitoral para as eleições legislativas de 23 de março, anunciou a construção de 780 novas moradias nas colônias da Cisjordânia, decisão criticada pelo secretário-geral da ONU, António Guterres.

Mas, nesta terça-feira, as autoridades israelenses publicaram a abertura de licitações para alvarás de construção para um total de 2.572 unidades, com 2.112 na Cisjordânia e 460 em Jerusalém Oriental, a parte leste da Cidade Santa, anexada por Israel e que os palestinos querem transformar na capital de um estado futuro, revelou a Paz Agora.

O governo de Netanyahu tenta "estender as colônias o máximo possível até os últimos minutos antes da mudança de administração em Washington", lamentou a organização em um comunicado.

"Netanyahu indica ao futuro presidente (Joe Biden) que nem pretende conceder um minuto de graça a um novo capítulo nas relações entre os Estados Unidos e Israel" ou tentar "resolver o conflito com os palestinos", afirmou a ONG israelense, que é contra a colonização da Cisjordânia pelo Estado hebreu.

O democrata Joe Biden, que sucederá Donald Trump à frente da maior potência mundial nesta quarta-feira, desaprova a expansão dos assentamentos israelenses considerados pela ONU como um obstáculo para a solução do conflito israelense-palestino.

Desde 2009, quando Benjamin Netanyahu voltou ao poder em Israel, a população nas colônias israelenses na Cisjordânia ocupada aumentou 50%, de acordo com dados das autoridades israelenses, com um aumento nas aprovações de moradias nos últimos anos, sob o mandato em Washington de seu aliado Donald Trump.

Atualmente, mais de 450.000 pessoas, metade delas com menos de 18 anos, vivem em colônias na Cisjordânia ocupada, assim como 2,8 milhões de palestinos. Essas colônias são contrárias ao direito internacional, repete a ONU.

Mas o governo Trump relatou em 2019 que os Estados Unidos não os consideravam mais contrários ao direito internacional, uma mudança de política que resultou na visita de Mike Pompeo a um assentamento na Cisjordânia em novembro, algo nunca visto antes de um diplomata-chefe americano.


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