Jornal Estado de Minas

WASHINGTON

EUA seguirá considerando Jerusalém como capital de Israel, diz Blinken

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, considera que a criação de dois Estados é a única solução para o conflito israelense-palestino, mas manterá o reconhecimento de Jerusalém como capital de Israel, disse nesta terça-feira (19) seu nomeado para chefiar o Departamento de Estado, Antony Blinken.



"O presidente pensa como eu, que a melhor maneira, talvez a única maneira de assegurar a Israel seu futuro como Estado judeu democrático é dar aos palestinos o Estado a que têm direito; ou seja, a solução conhecida como a de dois Estados", afirmou.

Em sua audiência de confirmação no Senado, admitiu, no entanto, que esta solução não é "realista" no "curto prazo" e pediu a israelenses e palestinos para "evitar medidas unilaterais que tornem o problema mais complexo".

O presidente em fim de mandato, Donald Trump, apresentou há um ano um plano de paz para o Oriente Médio, que outorgaria aos palestinos um Estado desmilitarizado e reduzido ao mínimo, com uma capital na periferia de Jerusalém, e privado de colônias israelenses, que seriam anexadas a Israel.

A Autoridade Palestina rejeitou taxativamente esta proposta e recusou que o governo Trump mediasse o conflito.

Os palestinos já tinham rompido os contatos com Washington quando, no começo de seu mandato, Trump tomou a controversa decisão de reconhecer Jerusalém como capital israelense e dispôs instalar ali a embaixada americana.

Blinken declarou que o governo Biden não reverterá as decisões relativas a Jerusalém e à embaixada.

Ele também proclamou que o "compromisso" do futuro governo americano "a favor da segurança de Israel" é "sacrossanto".

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