Jornal Estado de Minas

SÃO PAULO

Campanha oficial de vacinação é adiantada para hoje no Brasil

O governo federal adiantou para esta segunda-feira (18), dois dias antes do previsto, o lançamento da campanha oficial de vacinação contra o coronavírus, atendendo aos pedidos dos governadores e pressionado pelo estado de São Paulo, que iniciou no domingo a inoculação.



"Depois de ouvir os governadores, chegamos à decisão de que hoje ainda distribuiremos todas as vacinas aos estados, todas", afirmou o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, após reunião com governadores no aeroporto de Guarulhos, de onde serão enviados para todo país 4,5 milhões de doses da vacina chinesa CoronaVac.

"Acho que a gente pode começar hoje ao final do expediente", declarou.

O Rio de Janeiro, o estado proporcionalmente mais afetado pela pandemia, que já deixou 210 mil mortos no Brasil, previu as primeiras imunizações a partir das 17h, ao lado da estátua do Cristo Redentor.

No Amazonas, duramente atingido por uma segunda onda da pandemia que causou aumento no número de mortes por falta de oxigênio nos hospitais, o carregamento deve chegar no final da tarde. A vacinação começará na manhã de terça-feira, informou o governo do estado.



A primeira etapa da campanha nacional de vacinação é reservada a profissionais da saúde, pessoas com mais de 75 anos e comunidades indígenas.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) autorizou no domingo o uso emergencial de seis milhões de doses da Coronavac, produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan, do estado de São Paulo.

Também foi autorizado o uso de dois milhões de vacinas da britânica em cooperação com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), mas que ainda não chegaram ao país.

Após a autorização, Pazuello indicou que a campanha nacional começaria na quarta-feira. O governador de São Paulo, João Doria, adiantou-se, e sua foto era a manchete de todos os jornais nesta segunda-feira, ao lado de uma enfermeira que se tornou a primeira brasileira a ser vacinada.

Pazuello atacou a "jogada de marketing" de Doria, que está emergindo como um dos principais rivais do presidente Jair Bolsonaro nas eleições presidenciais de 2022.

audima