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Estado de Minas WASHINGTON

Biden quer agir com rapidez, mas julgamento de Trump pode complicar sua agenda


18/01/2021 08:30

O presidente eleito dos Estados Unidos, Joe Biden, prometeu agir com rapidez para conter a pandemia de covid-19 e a crise econômica assim que assumir o cargo na quarta-feira, mas seus esforços para unir o país podem ser minados pelo julgamento político contra Donald Trump.

Biden já anunciou que reverterá de imediato algumas das políticas mais controversas de Trump, o que pode fazer por decreto.

Ele se comprometeu a voltar ao acordo de Paris sobre as mudanças climáticas "no dia um". Trump anunciou em 2017 seus planos de deixar o pacto, o que gerou críticas em todo o mundo.

O presidente eleito também jogará por terra imediatamente a proibição imposta por seu antecessor de voos de vários países muçulmanos, uma medida considerada islamofóbica.

Em suma, o início do governo Biden se anuncia muito ativo. Em um comunicado divulgado no sábado, ele prometeu que em seus dez primeiros dias, emitirá "dezenas" de decretos.

Mas se Biden pode fazer muitas coisas com uma simples assinatura, há situações que não dependem exclusivamente da Casa Branca.

O julgamento político de Trump no Senado certamente complicará os esforços para unir os americanos na resposta à covid-19 e pela recuperação econômica.

A Câmara de Representantes acusou Trump de incitar uma insurreição depois que ele incentivou, em 6 de janeiro, uma multidão de apoiadores a marchar rumo ao Capitólio, que invadiram violentamente pouco depois.

O primeiro julgamento político de Trump, iniciado no fim de 2019, acusado de pressionar a Ucrânia para desacreditar Biden, foi resolvido em 21 dias.

Se o atual durar o mesmo tempo, certamente ofuscará os planos ambiciosos de Biden para seus cem primeiros dias.

De qualquer forma, o presidente eleito apelou para sua experiência de 36 anos no Congresso para se mostrar confiante em que os legisladores poderão se ocupar das duas coisas ao mesmo tempo.

"Espero que a liderança do Senado encontre uma forma de lidar com suas responsabilidades constitucionais no julgamento político a tempo de trabalhar nos outros assuntos urgentes desta nação", disse pouco depois da acusação da Câmara de Representantes.

Ele sugeriu que o Senado, que será controlado pelos democratas a partir da quarta-feira, utilize metade do tempo para o julgamento e o restante para confirmar seu gabinete, algo prioritário.

As sessões de confirmação vão começar na terça-feira em um Capitólio que se assemelha a uma zona de guerra em meio a renovadas medidas de segurança implementadas pela polícia e pela guarda nacional.

Os primeiros na fila para a confirmação são Alejandro Mayorkas (Segurança Interna); Janet Yellen (Tesouro); Lloyd Austin (Defesa) e Antony 'Tony' Blinken (Estado ou Relações Exteriores).

- Ajuda econômica -

Biden detalhou na quinta-feira um plano de 1,9 trilhão de dólares para enfrentar o que chamou de "as crises gêmeas da pandemia e da economia que naufraga".

O plano prevê pagamentos de 1.400 dólares às pessoas abaixo de certos níveis de renda, o aumento do salário mínimo para 15 dólares a hora, a extensão dos seguros-desemprego e nova assistência a cidades e estados atribulados.

A proposta, que inclui o terceiro pacote de ajuda para os americanos desde que começou a pandemia, também estende a proibição de execuções de hipotecas ou aluguéis não pagos até o fim de setembro, e fornecerá fundos para reforçar o programa de rações de alimentos.

- Investimentos maciços -

A fase inicial da assistência para a renda será seguida nas semanas posteriores de um novo plano de investimento para reativar a economia.

Biden disse que vai criar milhões de empregos "bem pagos", responder à crise do clima e enfrentar a desigualdade racial.

Estas metas serão alcançadas, explicou, através de novos investimentos maciços na infraestrutura do país e por meio de um plano ambicioso para reduzir as emissões de carbono até alcançar um ponto de neutralidade em 2050.

Tudo isso será financiado com um aumento dos impostos corporativos e dos impostos pessoais a indivíduos que ganharem mais de 400.000 dólares por ano.

- Plano para a covid-19 -

O presidente eleito quer acelerar a campanha de vacinação e chegar a milhões de americanos em um país que tem recordes mundiais no que diz respeito a contágios e mortes, e que provavelmente alcançará os 400.000 óbitos quando Biden for empossado na quarta-feira no Capitólio.

Trata-se de outro plano ambicioso: vacinar 100 milhões de pessoas nos primeiros cem dias de governo. Para isto, ele quer criar centros de vacinação locais, melhorar a cooperação entre o governo federal e os estaduais e mobilizar 100.000 trabalhadores da saúde.

Biden também quer ajudar restaurantes, bares, hotéis, companhias aéreas e outros negócios a voltar o quanto antes à normalidade ou a algo parecido à normalidade.


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