Em outro sinal da reaproximação negociada pelo presidente Donald Trump entre Israel e os países árabes, o Pentágono disse que as negociações militares americanas com Israel não seriam mais administradas por seu Comando Europeu.
"Estruturamos fronteiras para melhor mitigar os riscos e proteger os interesses e parceiros dos Estados Unidos", informou o Pentágono em um comunicado.
"A diminuição das tensões entre Israel e seus vizinhos árabes após os Acordos de Abraão proporcionou uma oportunidade estratégica para os Estados Unidos alinharem parceiros-chave contra ameaças compartilhadas no Oriente Médio", acrescentou.
O comentário foi principalmente uma referência ao Irã, que os Estados Unidos, Israel e países árabes, incluindo a principal potência regional, a Arábia Saudita, veem como a principal ameaça à segurança da região.
Por décadas em desacordo com seus vizinhos árabes por causa do tratamento dado aos palestinos, Israel quebrou, no ano passado, barreiras impostas à cooperação aberta e às comunicações com os países do Golfo sob os acordos de Abraão, promovidos por Trump.
Movê-lo para o Comando Central torna potencialmente mais fácil a cooperação de segurança com os Estados Unidos em questões regionais e pode trazer oficiais militares israelenses para mais perto dos vizinhos do Golfo.
Mas também pode complicar a cooperação do CentCom com aliados do Irã como o Iraque, onde os Estados Unidos mantêm 2.500 soldados.
"Israel é um dos principais parceiros estratégicos para os Estados Unidos e isso abrirá oportunidades adicionais de cooperação com nossos parceiros do Comando Central dos Estados Unidos, ao mesmo tempo em que mantém uma forte cooperação entre Israel e nossos aliados europeus", concluiu o Pentágono.
WASHINGTON