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Estado de Minas HONG KONG

Fabricante chinesa Xiaomi afunda na bolsa após inclusão em lista dos EUA


15/01/2021 09:22

As ações da Xiaomi despencaram nesta sexta-feira (15) na Bolsa de Valores de Hong Kong, depois que os Estados Unidos incluíram a terceira maior fabricante mundial de telefones celulares em uma lista de empresas consideradas uma ameaça à segurança nacional.

Essa inclusão de empresas chinesas que passam a ser alvo de sanções é o último capítulo de quatro anos de tensões diplomáticas entre Pequim e Washington sob a presidência de Donald Trump.

A seis dias do término do mandato do presidente dos Estados Unidos, as autoridades fizeram uma série de anúncios contra a fabricante chinesa de telefones celulares, bem como contra o aplicativo de vídeos TikTok e a gigante petrolífera CNOOC.

A Xiaomi, que ultrapassou a Apple ao se tornar em 2020 a terceira maior fabricante de smartphones do mundo, é uma das nove empresas chinesas nesta lista, devido a seus supostos vínculos com o Exército chinês.

Essa medida significa que os investidores americanos não poderão comprar ações da Xiaomi e terão de vender as que possuem, a menos que o futuro presidente Joe Biden reverta a medida.

A Xiaomi é uma das maiores empresas chinesas nesta lista. Suas ações caíram mais de 10% no fechamento da Bolsa de Valores de Hong Kong.

Em um comunicado, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos disse estar "determinado a expor e a combater a estratégia de desenvolvimento de fusão civil-militar da República Popular da China", que permitiria o acesso a dados essenciais em matéria de tecnologia e segurança.

Washington já havia adotado sanções semelhantes contra empresas como a fabricante de telefones Huawei e a gigante de cartões eletrônicos Smic, restringindo, assim, sua capacidade de importar tecnologias importantes e de competir internacionalmente.

"O governo Trump expandiu o conceito de segurança nacional, abusando do poder do Estado e aplicando repetidamente ações duras e sem razão contra as empresas chinesas", reagiu nesta sexta o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian.

- Mar da China Meridional -

Em novembro, o governo Donald Trump emitiu um decreto, proibindo os americanos de investirem em empresas da China que forneçam recursos ou apoiem os militares chineses, de modo a impedi-las de acessarem tecnologias americanas.

A China denunciou a medida e acusou os Estados Unidos de "assédio", ao mesmo tempo em que prometeu "tomar as medidas necessárias" para defender os direitos das empresas chinesas.

No início de janeiro, a Bolsa de Valores de Nova York anunciou sua decisão de retirar três empresas chinesas do setor de telecomunicações, após receber "novas recomendações específicas" do Departamento do Tesouro.

Outra lista do Departamento de Comércio também proíbe as empresas chinesas, incluindo o grupo nacional de petróleo CNOOC e Skyrizon, especializado no setor de aviação, de serem elegíveis para operar em Wall Street.

Para as empresas americanas, essas medidas complicam as exportações de produtos de tecnologia para as empresas desta lista.

O Departamento de Estado também limitou a concessão de vistos a executivos de empresas chinesas na lista, bem como a funcionários do governo e militares.

O secretário de Comércio dos Estados Unidos, Wilbur Ross, disse que o grupo petrolífero CNOOC está na lista por causa de suas "ações imprudentes e belicosas no Mar da China Meridional e por sua política agressiva para adquirir tecnologia sensível e direitos de propriedade intelectual para fins militares".

Segundo ele, isso "constitui uma ameaça à segurança nacional dos Estados Unidos e à segurança da comunidade internacional".

O Mar da China Meridional, uma rota comercial marítima global importante e rica em recursos subaquáticos e biodiversidade, está no centro da escalada das tensões entre Pequim e Washington.

As ações da CNOOC foram menos afetadas que as da Xiaomi e perderam menos de 1% nesta sexta-feira em Hong Kong.


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