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Estado de Minas WASHINGTON

Duas últimas execuções federais previstas antes de Trump deixar a Presidência


14/01/2021 19:05

As autoridades federais dos Estados Unidos preveem duas novas execuções antes da saída de Donald Trump da Casa Branca na semana que vem, incluindo a de um ex-traficante de drogas nesta quinta-feira (14), condenado à pena de morte por uma série de homicídios.

Corey Johnson era membro de uma gangue que cometeu, em 1992, uma dezena de assassinatos, principalmente de rivais, na região de Richmond, na Virgínia. Ele foi condenado por um tribunal federal por causa de seu envolvimento em sete homicídios.

Hoje com 52 anos, este afro-americano deve receber uma injeção letal nesta quinta-feira à tarde na prisão federal de Terre-Haute, em Indiana, a menos que a Justiça suspenda o procedimento no último minuto.

No dia seguinte, as autoridades planejam executar Dustin Higgs, um homem negro de 48 anos, condenado pelo sequestro e assassinato de três jovens em terras federais perto de Washington em 1996.

Os dois homens contraíram a covid-19 em dezembro e um juiz decidiu na terça-feira adiar as execuções por várias semanas.

Com os pulmões ainda em recuperação, a injeção de pentobarbital pode causar aos dois presos sofrimentos ilegais segundo a Constituição, que proíbe penas "cruéis", determinou o tribunal. Mas um tribunal de apelações, controlado pelo Ministério da Justiça, anulou a decisão na quarta-feira.

A questão agora irá para a Suprema Corte dos Estados Unidos, bem como outros recursos de última hora.

Os advogados de Corey Johnson alegam que o condenado possui sérias limitações intelectuais, o que, segundo eles, impede sua execução.

Mas a Suprema Corte foi amplamente reformada por Donald Trump e agora tem seis juízes conservadores entre nove que, por meses, têm dado luz verde ao governo republicano em casos de pena capital.

O presidente, um fervoroso defensor da pena de morte, assim como seus eleitores mais conservadores, ignorou todas as exigências de clemência que os condenados fizeram.

Ao contrário dos estados que suspenderam as execuções desde o início da pandemia para minimizar os riscos de propagação do vírus, o governo Trump retomou as execuções federais em julho passado, após um hiato de 17 anos, e as encadeia a forte ritmo desde então.

Onze americanos receberam injeções letais em Terre-Haute desde julho do ano passado, incluindo uma mulher, a primeira em quase 70 anos, executada na terça-feira, apesar de preocupações com sua saúde mental.

O presidente eleito Joe Biden, que tomará posse na próxima quarta-feira, se opõe à pena de morte e prometeu trabalhar com o Congresso para tentar aboli-la em nível federal.

Parlamentares democratas apresentaram um projeto de lei com esse intuito na segunda-feira. Com seu partido de volta ao controle do Senado, há chances de ser aprovado.


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