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Estado de Minas LISBOA

Portugal voltará ao confinamento geral na sexta-feira


13/01/2021 16:54 - atualizado 13/01/2021 17:44

Portugal voltará a partir de sexta-feira a um segundo "confinamento geral", inevitável diante da expansão da pandemia de covid-19, anunciou nesta quarta (13) o primeiro-ministro, António Costa.

Após uma flexibilização das medidas restritivas durante as festas de fim de ano, o país viu as cifras de contágio voltarem a bater recordes.

"A regra é simples: todos devemos ficar em casa", destacou o chefe de governo.

Os comércios não essenciais, cafés e restaurantes permanecerão fechados, mas diferentemente do primeiro confinamento, entre março e abril, as escolas continuarão abertas, assim como os tribunais e as igrejas.

Excepcionalmente, os cidadãos poderão sair para votar no primeiro turno das presidenciais, em 24 de janeiro. Quem desejar, poderá votar antecipadamente neste domingo.

Todos os viajantes procedentes do exterior terão que apresentar exame negativo para a covid-19 ao chegar ao aeroporto.

As medidas terão "um horizonte de um mês", havia dito anteriormente Costa.

- Restrições às viagens -

Portugal se manteve relativamente pouco afetada pela primeira onda da pandemia, devido a um confinamento total antecipado, mas encontra dificuldades para conter a segunda.

Como parte da situação de emergência sanitária em vigor desde o início de novembro, confinamentos parciais foram impostos com distintas restrições nas regiões mais afetadas.

A capital, Lisboa, por exemplo, já está sob toque de recolher noturno durante a semana, que começa à 01h nos dias de descanso.

Além disso, tanto lojas quanto restaurantes, assim como espaços culturais e religiosos, tiveram que restringir seus horários, embora não tenham fechado as portas.

Após uma leve queda no nível de contágios, o governo decidiu suspender estas restrições para permitir às famílias se deslocar e reunir durante as festas de fim de ano.

O país agora se encontra "em uma situação muito difícil", informou à AFP o doutor Ricardo Mexia, da Associação Nacional de Especialistas Médicos em Saúde Pública.

- Novos recordes -

Na sua avaliação, a pandemia descontrolada se explica pelo relaxamento das restrições durante o Natal, mas também pela onda de frio na península Ibérica e pela chegada da nova cepa britânica de covid-19, que também foi detectada em Portugal no fim de dezembro, mas cujo impacto "é difícil de medir".

De acordo com dados coletados pela AFP com base nas autoridades nacionais, Portugal ocupa o sexto lugar entre todos os países do mundo segundo o número de contágios em relação à sua população nos últimos sete dias.

Com um novo recorde de 10.556 casos em 24 horas, o país de 10 milhões de habitantes alcançou nesta quarta-feira seu maior balanço diário, e as 156 mortes registradas em um só dia elevam para 8.236 o total de mortes desde o início da pandemia.

Há uma semana, a ministra da Saúde, Marta Temido, mostrou preocupação ao ver os hospitais do país sob "uma pressão enorme", que não para de aumentar desde então, com mais de 4.200 pessoas internadas nesta quarta, das quais quase 600 em unidades de terapia intensiva (UTI).

"Se continuar assim, alcançaremos o nível máximo de nosso plano de emergência, e já temos dificuldades para admitir pacientes", afirmou na segunda-feira à AFPTV Anabela Oliveira, diretora de emergências do hospital Santa Maria em Lisboa.


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