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Estado de Minas PEQUIM

Europa pisa no acelerador com vacinas e China aumenta restrições


08/01/2021 18:07 - atualizado 08/01/2021 18:39

A Europa acelerou na sexta-feira (8) seus programas de vacinação, dobrando os pedidos para as empresas farmacêuticas enquanto a China restringiu a mobilidade de 18 milhões de pessoas, para conter o mais grave surto de coronavírus em seis meses no país.

Diante das críticas contra a lentidão das campanhas de vacinação no continente, a União Europeia prepara a próxima autorização para uma terceira vacina, a da depois das da e da Moderna.

A Agência Europeia de Medicamentos (EMA), sob grande pressão, disse nesta sexta-feira que vai tomar uma decisão sobre a vacina no final de janeiro.

Ao mesmo tempo, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou um acordo com a para dobrar seu contrato de pré-compra, de 300 milhões para 600 milhões de doses.

A Bélgica anunciou que deseja começar a vacinar a população em geral com mais de 18 anos a partir de junho.

O líder supremo iraniano anunciou, por sua vez, que não confia em nenhuma dessas três vacinas, pois são fabricadas por países ocidentais.

"É proibido importar vacinas fabricadas nos Estados Unidos ou no Reino Unido. Não podemos confiar neles. Não é impossível que queiram contaminar outras nações", disse o guia supremo, aiatolá Ali Khamenei, em sua conta no Twitter em inglês.

A confiabilidade das vacinas anti covid-19 não foi contestada por meios científicos até agora.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) já pediu para não "politizar o vírus", então "por favor, também não vamos politizar a vacina", disse Michael Ryan, chefe da entidade para emergências de saúde.

A OMS pediu também aos países ricos que parassem de assinar "acordos bilaterais" com laboratórios produtores.

Segundo o diretor geral da organização, Tedros Adhanom Ghebreyesus, essas compras podem prejudicar seus próprios programas de distribuição para países sem recursos.

Os laboratórios, que foram comprometidos por meio de contratos multimilionários com países financiadores, garantem que haverá vacinas para todos.

A pandemia está em plena expansão em todo o planeta, ajudada em alguns países pelo aparecimento de novas variantes.

Nos últimos sete dias, foram registrados mais de 658 mil casos a cada 24 horas. A progressão foi de 21% nos Estados Unidos e Canadá, 19% no continente africano, 16% na América Latina e Caribe, 12% no Oriente Médio e 8% na Europa.

- Cidades chinesas confinadas -

Nas cidades chinesas de Shijiazhuang e Xingtai, na província de Hebei, na fronteira com Pequim, onde vivem cinco milhões de pessoas, os habitantes foram confinados.

E, nas vastas áreas rurais que as rodeiam, onde residem mais 13 milhões de pessoas, foram ordenadas a limitar seus movimentos ao máximo, embora não devam respeitar um confinamento total por enquanto.

Em toda região, são realizados testes em massa, e mais de 6,7 milhões de pessoas já foram testadas.

Na última semana, 310 casos de covid-19 foram registrados em Hebei.

Desde que o vírus apareceu na cidade de Wuhan no final de 2019, o país registrou 4.634 mortes, a última delas em maio. Enquanto isso, em todo mundo, a pandemia ceifou quase 1,9 milhão de vidas e infectou mais de 88 milhões de pessoas.

- Peru relata variante britânica do coronavírus -

Os números que chegam da América Latina e do Caribe são preocupantes. No total, a região supera 523.000 mortes e 16 milhões de infecções.

A Argentina decidiu restringir as atividades noturnas e a movimentação de pessoas, diante do aceleramento das infecções. Desde março, o país registrou mais de 44.000 mortes.

O Peru relatou o primeiro caso da nova cepa britânica, aparentemente altamente contagiosa, do novo coronavírus.

A agência reguladora de saúde brasileira anunciou que recebeu formalmente nesta sexta-feira o pedido de autorização para uso emergencial da vacina chinesa CoronaVac e da , as primeiras a serem realizadas no país.

No Brasil, o segundo país mais atingido pela pandemia, o coronavírus já matou mais de 200 mil pessoas e continua avançando.

- "Podia ser um deles" -

Nos Estados Unidos, 3.998 mortes por covid-19 foram registradas na quinta-feira, um número recorde, de acordo com dados da Universidade Johns Hopkins.

Além disso, mais de 265.000 novos casos no dia foram reportados.

O número de pessoas hospitalizadas também é o maior desde o início da pandemia, com mais de 132.000 pacientes.

O país, o mais atingido pelo vírus, com mais de 365 mil mortes e 21,5 milhões de infecções, registra uma situação preocupante nas regiões sul e oeste.

Os números em Los Angeles são especialmente assustadores: um em cada 12 cidadãos já foi infectado, e um em cada cinco que faz um teste de diagnóstico é positivo.

"É difícil (...) A gente vê famílias inteiras adoecerem de repente, todas ao mesmo tempo", lamenta Vanessa Arias, enfermeira do Hospital Martin Luther King Jr. "Eu podia ser um deles. É muito triste quando as pessoas morrem", desabafa.

Mas, em um mundo dominado pelo medo, um bebê espanhol de três meses, Petru, conseguiu vencer o vírus e deixar o hospital nesta sexta-feira, após ter lutado contra covid-19 praticamente desde que nasceu.


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