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Estado de Minas PEQUIM

China ironiza o caos em Washington, depois da invasão ao Capitólio

Chineses pediram um 'retorno à ordem' nos Estados Unidos


07/01/2021 08:27 - atualizado 07/01/2021 09:08

(foto: Saul Loeb/AFP)
(foto: Saul Loeb/AFP)
A China disse nesta quinta-feira (07/01) que espera um 'retorno à ordem' nos Estados Unidos, depois das cenas de caos no Capitólio, enquanto estabeleceu um paralelo entre a situação em Washington e os protestos pró-democracia em Hong Kong.

A ex-colônia britânica foi abalada em 2019 por um movimento de protesto contra o controle de Pequim. As manifestações, em grande parte pacíficas em seus estágios iniciais, tornaram-se violentas, com militantes invadindo o Legco, o parlamento local.

Comentando sobre a intrusão de apoiadores do presidente Donald Trump no Capitólio e o caos que se seguiu na quarta-feira, uma porta-voz do ministério das Relações Exteriores da China, Hua Chunying, disse que as cenas eram "familiares" aos acontecimentos em Hong Kong.

Desta vez, porém, "a reação de algumas pessoas nos Estados Unidos, incluindo alguns meios de comunicação, é completamente diferente", afirmou Hua.

"No momento em que descreveram os manifestantes violentos em Hong Kong, que palavras eles usaram? (...) 'um bom espetáculo'", disse a porta-voz.

No Twitter, que está bloqueado na China, o jornal nacionalista Global Times adotou o mesmo argumento, com fotos das invasões ao Capitólio e ao Legco.

O veículo em inglês apontou que os manifestantes de Hong Kong haviam sido descritos como "heróis" por Nancy Pelosi, a presidente da Câmara de Representantes dos Estados Unidos.

"Resta saber se dirá o mesmo sobre a situação no Capitólio", disse o jornal.

O Global Times ataca regularmente em seus editoriais a democracia "ao estilo ocidental" e defende o "modelo" autoritário chinês que considera mais eficaz.

Os eventos em Washington foram muito comentados online e totalizaram mais de 570 milhões de visualizações na plataforma Weibo.

"O que aconteceu no [parlamento local] de Hong Kong está se repetindo no Capitólio dos Estados Unidos", comentou um internauta.

Os protestos em Hong Kong foram sufocados no início de 2020 pelo confinamento ligado à covid-19 e depois pela entrada em vigor de uma nova lei de "segurança nacional" acusada de amordaçar as liberdades no território.


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