Por telefone, os republicanos debatiam a eleição, quando Trump afirma Raffensperger, secretário de estado, que recusar a recontagem poderia proporcionar consequências criminais.
“O povo da Geórgia está com raiva, o povo do país também”, disse ele. Não há nada de errado em dizer, você sabe, que recalculou", arrgumentou.
O secretário, por sua vez, rebate dizendo que o desafio de Trump era ter, em mãos, “dados errados”.
Na Geórgia, o representante do Partido Republicano perdeu para o democrata Joe Biden por 11.779 votos. "Tudo o que quero é isso. Só quero encontrar 11.780 votos, um a mais do que nós temos. Porque nós vencemos nesse estado", vislumbrou, em determinado momento, o chefe da Casa Branca.
A todo instante, Trump repete ter vencido na Geórgia. Segundo o Washington Post, a chamada telefônica teve a presença de figuras como Mark Meadows, chefe do gabinete presidencial, e Cleta Mitchell, advogada de orientação conservadora.
Trump e secretário divergem pelo Twitter
Desde o início da apuração, Trump escreve diversas mensagens apontando possíveis fraudes no processo eleitoral estadunidense. Neste domingo (3/1), ele fez uma série de tuítes sobre o tema, e afirmou ter discutido o assunto com representantes dos governos locais. O presidente falou, inclusive, sobre a conversa com Brad Raffensperger.
“Ele não queria ou não conseguia responder sobre o ‘golpe das cédulas embaixo da mesa’, destruição de cédulas, eleitores de outros estados e votantes mortos”, acusou.
“Respeitosamente, presidente Trump: o que você está dizendo não é verdade. A verdade virá à tona”, retrucou o secretário da Geórgia.
Respectfully, President Trump: What you're saying is not true. The truth will come out https://t.co/ViYjTSeRcC
%u2014 GA Secretary of State Brad Raffensperger (@GaSecofState) January 3, 2021
Histórico
Em dezembro, o colégio eleitoral estadunidense confirmou o triunfo de Biden, que obteve 306 delegados, ante 232 de Trump. Por ter vencido na Geórgia, o vice na gestão de Barack Obama arrebatou os 16 representantes do estado.
A posse do novo chefe do poder Executivo dos Estados Unidos está agendada para o próximo dia 20. Senadores do Partido Republicano, contudo, tentam barrar a ciplomação do eleito.
A Casa Branca, a campanha de Trump e o secretário Raffensperger optaram por não repercutir a conversa. O mesmo aconteceu com o chefe do gabinete do presidente. A advogada Cleta Mitchell, por sua vez, sustentou que recentes declarações dadas pelo político da Geórgia contêm incorreções.