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Estado de Minas PARIS

Primeiro fim de semana de 2021 começa com novas restrições por vírus


03/01/2021 11:22 - atualizado 03/01/2021 11:31

O primeiro fim de semana de 2021 começou, no sábado (2), com novas medidas restritivas na França, Tailândia e Grécia para tentar conter a pandemia de coronavírus, cujas ondas sucessivas causaram mais de 84 mil casos e deixaram mais de 1,82 milhão de mortos no mundo todo.

Na França, o novo ano começou com mais restrições, frente a números epidemiológicos preocupantes. Para evitar um novo surto da pandemia, o toque de recolher foi reforçado, a partir de ontem, em 15 departamentos franceses.

Cerca de seis milhões de pessoas não poderão sair de suas casas depois das 18h, horário local, salvo exceções. No restante do país, o toque de recolher se mantém, sem alterações, a partir das 20h.

"Acrescentamos duas horas de toque de recolher. Certamente teremos um impacto na direção correta em 15 dias-três semanas, mas provavelmente muito modesto", estimou no sábado Frédéric Adnet, chefe do setor de emergência do Hospital Avicennes, em Bobigny (região de Paris), em entrevista ao canal BFMTV.

Mas, com quase 20.000 casos diários registrados nos últimos dois dias, muito longe da meta do governo de reduzir para 5.000 infecções diárias, é possível que o endurecimento das restrições não pare aí.

- Mais confinamentos -

No restante da Europa, a região mais atingida pela pandemia com mais de 579.000 mortes e 26,8 milhões de casos de contágio, o retorno da normalidade também parece estar distante.

A Dinamarca registrou 86 casos da nova variante do vírus, detectada pela primeira vez no Reino Unido. Com isso, torna-se o país que mais casos reportou até o momento desta nova cepa, considerada mais contagiosa.

Sua propagação "pode conduzir a uma curva epidêmica mais pronunciada (...), o que significará que teremos que intensificar nossas medidas de prevenção", advertiu Tyra Grove Krause, responsável pela agência dinamarquesa de controle de doenças infecciosas.

Com 4.881 mortes declaradas por coronavírus, a Grécia anunciou ontem que vai prorrogar até 10 de janeiro, "por razões preventivas", seu estrito confinamento adotado há dois meses. Põe fim, portanto, à flexibilização das medidas aplicadas em dezembro para as festas de fim de ano.

Na Tailândia, que parecia ter superado o pior da pandemia, a capital do país, Bangcoc, entrou em confinamento parcial no sábado (2) com o fechamento de bares, boates e locais de venda de álcool para conter uma alta dos casos de covid-19.

Desde o mês passado, este país do Sudeste Asiático experimenta um novo crescimento de casos. No sábado, o número de infecções saltou para 7.300.

O Líbano registra uma nova onda de contágios. Especialistas locais já falam em uma situação "catastrófica".

Na América Latina, a Venezuela retomará seu plano de confinamento parcial na segunda-feira, indo de 4 a 10 de janeiro, após afrouxar os controles em dezembro.

Até esta data, a Venezuela acumula oficialmente 113.558 casos de contágio e 1.028 óbitos, números que são questionados pela oposição e por organizações como a Human Rights Watch.

Na Bolívia, os números de casos de contágio em La Paz e em Santa Cruz (leste) se encontram em constante alta, levando as autoridades de ambos os departamentos a decretarem quarentenas parciais no feriado de Ano Novo.

Na cidade de Santa Cruz, as unidades de terapia intensiva estão quase no limite de sua ocupação, diante do surto da pandemia que pode alcançar seu pico nas próximas semanas. O país encerrou 2020 com mais de 160.000 casos e 9.000 óbitos.

No total, a região da América Latina e Caribe lamenta as cerca de 509.000 mortes e mais de 15,6 milhões de casos desde o início da pandemia.

- Vacinação -

As campanhas de vacinação vão dominar grande parte do ano que começa, embora os especialistas acreditem que o pior ainda está por vir em nível global, prevendo uma alta pronunciada nas infecções e mortes após as festas de fim de ano.

As críticas à lentidão na distribuição da vacina aumentaram nos últimos dias, em especial na Europa e nos Estados Unidos.

No sábado, a União Europeia reconheceu uma "insuficiência mundial" na capacidade de produção de vacinas contra a covid-19 e disse estar "pronta para ajudar" a tentar aumentá-la, declarou a comissária europeia da Saúde, Stella Kyriakides.

O presidente francês, Emmanuel Macron, advertiu que a pandemia será importante "pelo menos até a primavera" (outono no Brasil), mas prometeu evitar "uma lentidão injustificada" na vacinação.

Também no sábado, o Vaticano anunciou que iniciará sua campanha "nos próximos dias", a partir da segunda quinzena de janeiro, priorizando profissionais de saúde e idosos. Em sua curta declaração, a Santa Sé não mencionou se o papa Francisco, de 84 anos, será vacinado.

- Novo recorde diário nos EUA -

Ontem, os Estados Unidos registraram seu maior número de casos de coronavírus em um dia, com mais de 277.000 infecções notificadas.

O país é o mais afetado pela pandemia no mundo, com 20,4 milhões de casos de contágio e quase 350.000 mortes por coronavírus.

Mais de 4,2 milhões de americanos receberam suas primeiras doses, muito longe dos 20 milhões de vacinas prometidas pelo governo do presidente em final de mandato, o republicano Donald Trump, antes do final de 2020.

Terceiro país mais enlutado no mundo pelo coronavírus, com 149.218 mortes e 10,3 milhões de casos de contágio declarados, depois de Estados Unidos e Brasil, a Índia fez simulações de vacinação em todo território no sábado.

Finalmente, na Austrália, acendeu-se uma luz de esperança com a reabertura da Ópera de Sydney, ainda que com público limitado. A última apresentação foi em março passado.

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